Estudante londrina cria vidro sustentável a partir de conchas de mexilhões

Estudante londrina cria vidro sustentável a partir de conchas de mexilhões

Os arquitetos londrinos da Bureau de Change e a estudante Lulu Harrison, desenvolveram um ladrilho de vidro feita de uma fonte inusitada: conchas de mexilhão quagga. O projeto explora como o uso de materiais residuais locais pode oferecer uma alternativa aos materiais altamente processados e insustentáveis usados na fabricação de vidro tradicional.

Nesse projeto, foram usados resíduos de conchas de mexilhões quagga trituradas, areias locais e cinzas de resíduos de madeira. As conchas são um produto residual frequentemente encontrado entupindo os canos de água, o que se torna um problema para a empresa de serviços de água Thames Water. Em vez de permitir que as conchas fossem enviadas para aterros sanitários, Lulu trabalhou em parceria com o chefe de ecologia da Thames Water para encontrar um uso melhor para as conchas.

“Todos os anos, milhões de libras são gastas na remoção das conchas, sem nenhuma maneira eficaz de se livrar delas. Ao incorporar essa matéria-prima no design do dia a dia, essa receita gerada com o vidro pode ajudar a resolver o problema do desperdício de conchas e ajudar a restaurar a biodiversidade local”, explica Lulu em seu Instagram.

A Bureau de Change fez moldes impressos em 3D em seu estúdio com uma variedade de padrões decorativos, que fazem referência às chaminés de terracota de meados do século XIX, criadas pelo fabricante de cerâmica Royal Doulton.

Nomeado como Thames Glass, o novo biomaterial também está sendo usado para criar garrafas e copos, que visam promover o consumo de água da torneira, ao invés da compra de água engarrafada.

Os ladrilhos de vidro foram exibidos como parte de uma exposição em Londres, intitulada “Beautility: Como a fusão entre beleza e função pode mudar o mundo”, desenvolvida com o objetivo de demonstrar como a inovação na biosfera pode iluminar o caminho para um futuro sustentável.

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