Filantropia familiar: como transformar grandes fortunas em grandes impactos

Filantropia familiar: como transformar grandes fortunas em grandes impactos
O que você vai descobrir a seguir:
  • • Quais os principais entraves que limitam a filantropia de famílias brasileiras de alto patrimônio.
  • • Por que a filantropia familiar precisa sair do improviso e assumir um papel estratégico no enfrentamento das desigualdades.
  • • As três frentes propostas pelo IDIS para ampliar o impacto social e atrair novos filantropos.

A filantropia familiar no Brasil está diante de um divisor de águas. Embora o número de milionários e bilionários continue crescendo no país, o volume de doações por parte dessas famílias ainda está muito aquém do seu potencial. Para entender o que impede esse avanço e propor caminhos mais estratégicos, o IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) acaba de lançar a publicação “Caminhos para uma Atuação Mais Ampla e Estratégica da Filantropia Familiar no Brasil”.

A publicação é resultado de uma escuta atenta, com entrevistas a filantropos, levantamento de dados inéditos e análise de tendências internacionais. O cenário que se desenha é complexo, mas não sem esperança. A maior parte dos doadores ouvidos já doa acima de R$ 5 milhões por ano, mas a percepção predominante é a de que “isso já basta” – um entrave que, por si só, limita o avanço da cultura de doação no país.

Outro ponto que salta aos olhos é o perfil das causas apoiadas. A educação ainda lidera, mas há uma abertura crescente para temas desafiadores, como sustentabilidade (26%), políticas públicas (17%) e combate à fome (14%). Essa mudança de perspectiva sugere uma filantropia mais conectada com os problemas estruturais do país.

Mas os obstáculos são significativos. Desconfiança nas organizações da sociedade civil, ausência de incentivos fiscais e medo da exposição pública ainda travam muitos possíveis doadores. Para superar essas barreiras, o IDIS propõe um mapa estratégico com três eixos principais:

  • Engajamento de novos filantropos: Inclui desde a formação da nova geração até a promoção de espaços seguros para troca entre pares.
  • Aumento do volume médio de doações: Envolve ações de fortalecimento da governança das OSCs e mudanças no ambiente legal e tributário.
  • Mobilização de capital de longo prazo: Com estímulo ao uso de instrumentos financeiros inovadores e ao advocacy por causas estruturantes.

O estudo, que tem apoio da Fundação Itaú, Instituto Beja, Movimento Bem Maior e Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, também destaca o papel essencial da atuação coletiva. “A mudança não depende de um ator isolado”, lembra Felipe Insunza Groba, gerente de projetos no IDIS. É preciso envolver consultores, advogados, comunicadores e o setor público.

Para quem deseja entender o momento atual da filantropia familiar e como ela pode ser peça-chave para transformar realidades no Brasil, o estudo é leitura obrigatória.

A publicação está disponível gratuitamente no site do IDIS, clicando aqui.

Compartilhe esse artigo: