Categories Soluções de ImpactoPosted on 03/10/2025Sungai Carafe: do lixo dos rios de Bali a cerâmica regenerativa O que você vai descobrir a seguir: • Como o vidro descartado nos rios de Bali se transforma em cerâmica artesanal. • O impacto ambiental e social do projeto Sungai Carafe. • Por que essa iniciativa mostra um modelo regenerativo de design e produção. Em Bali, um dos destinos turísticos mais visitados do mundo, o lixo de vidro é um problema crescente. Embora o material seja infinitamente reciclável, a infraestrutura local não consegue dar conta da quantidade consumida. Resultado: toneladas de garrafas acabam em rios e aterros, agravando a poluição ambiental. É nesse cenário que surge o Sungai Carafe, um projeto que transforma esse resíduo em peças de cerâmica funcionais e elegantes. A iniciativa reúne a pesquisadora de materiais Sara Howard, a empresa Kevala Ceramics e o movimento de limpeza dos rios Sungai Watch. Juntos, eles criaram uma cadeia de produção circular: os 155 “guerreiros do rio” do Sungai Watch coletam cerca de 26 toneladas de vidro por ano, que depois é triturado, refinado e transformado em um novo material cerâmico. O design do carafe, artesanalmente moldado pelos ceramistas da Kevala, reflete essa jornada: linhas suaves que lembram o fluxo da água e uma textura translúcida que carrega as marcas do vidro reciclado. Cada peça é única e conta a história do seu processo de transformação – da poluição ao uso cotidiano. O impacto vai além da estética. O projeto reduz a dependência de matérias-primas importadas e da mineração, diminuindo também a pegada de carbono. Além disso, cria empregos locais, fortalece a economia comunitária e mostra como resíduos podem se tornar recursos valiosos. O Sungai Carafe simboliza uma nova forma de pensar produção e consumo: a lógica regenerativa, em que o que seria descartado volta ao ciclo como algo útil e inspirador. É uma resposta concreta a um problema global, mostrando que inovação, ciência e artesanato podem caminhar juntos para restaurar ecossistemas e comunidades. Compartilhe esse artigo: