Este plástico filme é feito com cascas de batata descartadas

Este plástico filme é feito com cascas de batata descartadas

Não é novidade que o plástico e está por toda a parte. E o plástico filme é um deles. Ele é usado principalmente para embalar alimentos e não pode ser reciclado (por ser um material fino); então, após sua curta vida útil, ele acaba em um aterro sanitário ou nos oceanos. Pensando nesse problema, uma empresa australiana de biomateriais desenvolveu uma solução muito melhor.

Great Wrap é um plástico filme biodegradável feito de cascas de batata descartadas, combinadas com óleo de cozinha e amido da raiz da mandioca (conhecida por nós como a tapioca). Ao contrário de sua alternativa de plástico petroquímico, o Great Wrap é feito de materiais naturais e, como qualquer biopolímero, se decompõe em substâncias naturais muito mais rápido que o plástico comum, com a capacidade de se biodegradar naturalmente em menos de 180 dias — e pode ser facilmente descartado em uma composteira, para poder ser reutilizado ao se transformar em adubo caseiro.

Great Wrap, já que ele é orgânico e atóxico, ou seja, ele é um material seguro para embalar alimentos e pode até ser ingerido (mas isso não é recomendado).

“O amido é extraído dos resíduos e depois plastificado com um produto de base biológica”, explica Julia Kay, cofundadora da Great Wrap. “O amido termoplástico (TPS) é composto por óleo de cozinha usado, mandioca e aditivos de biopolímero para alterar a estrutura do polímero para que seja adequado para o uso que buscamos”. Para isso, os aditivos de biopolímero ajudam a tornar o material amiláceo elástico, para que possa imitar a capacidade do filme plástico de envolver facilmente os objetos.“

A única barreira enfrentada pela empresa no momento é o fato de que o Great Wrap não se decompõe ou se degrada em ambientes marinhos, como os ecossistemas oceânicos. Em um esforço para corrigir isso, a empresa vem trabalhando com pesquisadores da Universidade Monash de Melbourne para descobrir como é possível converter resíduos de batata em polihidroxialcanoatos (PHAs), que podem se decompor nos oceanos e outros ambientes aquáticos em menos de um ano.

“Atualmente, estamos dimensionando este sistema para escala piloto e, em 2023, começaremos a construir nossa biorrefinaria de PHA, que desviará mais de 50.000 toneladas métricas de resíduos de batata do aterro a cada ano”, conta Julia.

A previsão da Great Wrap é que seu produto chegue ao mercado mundial em 2023. Para saber mais clique aqui.

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