Turma do Bem e a saúde bucal como transformação social

Turma do Bem e a saúde bucal como transformação social

O que você vai descobrir a seguir:

  • • A Turma do Bem oferece atendimento odontológico gratuito a populações vulneráveis, com foco em inclusão social e autoestima.
  • • Com projetos como Apolônias do Bem e Psicólogos do Bem, a organização vai além da saúde bucal, apoiando vítimas de violência e promovendo saúde mental.
  • • Com o apoio de 18 mil dentistas voluntários, a Turma do Bem enfrenta o desafio de garantir sustentabilidade financeira e ampliar o debate sobre políticas públicas para a saúde bucal.

A saúde bucal, muitas vezes subestimada, desempenha um papel fundamental na vida social e profissional de qualquer indivíduo. Esse é o ponto de partida para entender o trabalho da Turma do Bem, uma organização liderada pelo dentista Fábio Bibancos, que há mais de duas décadas transforma sorrisos e vidas por meio de voluntariado odontológico. No episódio #132 do podcast do InovaSocial, Bibancos compartilhou sua trajetória e destacou o impacto dessa iniciativa que promove o acesso a cuidados dentários para populações que frequentemente ficam à margem do sistema de saúde.

No coração dessa missão, estão milhares de dentistas que abrem espaço em suas clínicas privadas para atender gratuitamente crianças e jovens de baixa renda, mulheres vítimas de violência doméstica e refugiados. Esses profissionais não apenas devolvem sorrisos, mas também reabilitam a autoestima e criam oportunidades para aqueles que sofrem com as limitações impostas pela falta de saúde bucal. Afinal, como Bibancos coloca, “sem dentes, uma pessoa não consegue sorrir, trabalhar, beijar ou estabelecer relações sociais.”

Sorriso como agente de inclusão

Um dos projetos mais emblemáticos da Turma do Bem é o Apolônias do Bem, voltado para mulheres que perderam os dentes em situações de violência doméstica. Inspirado na história de Santa Apolônia, patrona dos dentistas, o programa oferece reabilitação odontológica para devolver dignidade e autonomia a essas mulheres. Já os Psicólogos do Bem atuam como uma extensão necessária, oferecendo suporte emocional para superar traumas.

Essa abordagem holística reflete a essência do trabalho da Turma do Bem: mais do que um projeto de saúde, é uma denúncia social. A organização chama a atenção para a ausência de políticas públicas efetivas que garantam acesso universal à saúde bucal. No Brasil, por exemplo, ainda é comum famílias compartilharem uma única escova de dentes por falta de recursos financeiros, uma realidade que escancara a desigualdade social.

Desafios e o futuro da Turma do Bem

Manter um projeto desse porte não é tarefa simples. Apesar de contar com 18 mil dentistas voluntários, a sustentabilidade financeira é um desafio constante. A Turma do Bem depende de parcerias com marcas e doações para viabilizar seus programas, recusando verbas públicas para preservar sua independência.

Durante a conversa, Fábio Bibancos também reflete sobre o futuro da organização e a necessidade de sucessão. Ele sonha com um Brasil onde a Turma do Bem não precise mais existir, pois a saúde bucal será tratada como prioridade por políticas públicas robustas. Enquanto isso não acontece, a organização segue ampliando seu impacto, tanto em território nacional quanto em países como Portugal, onde atua com refugiados.

O episódio #132 do podcast do InovaSocial traz uma conversa rica com Fábio Bibancos, compartilhando histórias emocionantes e discutindo os caminhos para construir um Brasil mais justo por meio da saúde bucal. Dê o play no player abaixo e descubra como um sorriso pode mudar o mundo.


Créditos: Imagem Destaque – Rawpixel.com/Shutterstock

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