Geração Z: Quem são eles e o que eles querem?

Geração Z: Quem são eles e o que eles querem?

Nós passamos anos falando dos Millennials (e muitas vezes reclamando deles), mas a verdade é que reclamar dos Millennials é assunto antigo. Agora é a vez da Geração Z dar um passo diante dos holofotes.

Como falamos no texto “10 tendências e tecnologias inovadoras para 2019 – Parte 1”, a Geração Z – dos nascidos a partir de 2001 – deve superar os Millennials em 2019 e representará um quinto da força de trabalho mundial (além de representarem 32% da população mundial), segundo a ONU. De acordo com o Código Civil brasileiro, a primeira leva da Geração Z passará a ser “maior de idade” ainda este ano.

“O principal fator que diferencia a Geração Z dos Millennials é um elemento de autoconsciência, em vez do egocentrismo”, comenta Marcie Merriman, diretora executiva da Ernst & Young, no relatório “Rise of gen Z: new challenge for retailers” (leia o estudo completo aqui). Vale ressaltar que essa geração não conheceu o mundo sem que seja digital e isso já diz muito sobre as mudanças.

Além disso, pela primeira vez na história moderna, cinco gerações trabalharão lado a lado – e isso deve gerar mudanças drásticas no local de trabalho. Por essas e outras é importante encontrar a resposta para as seguintes perguntas sobre a Geração Z: Quem são eles? O que eles querem?

Basicamente, a Geração Z é marcada pelo mundo digital e pela vontade de aprender com os erros da gerações anteriores. Em maio de 2013, a capa da Time definiu os Millennials com a geração “Me Me Me” (ou “Eu Eu Eu”, em português): preguiçosos, narcisistas e que ainda morava com os pais. Alguns concordam, outros não, mas quando se fala sobre Geração Z, especialistas são só elogios. Para muitos, essa é a geração que irá mudar o mundo.

Para eles, questões de gênero e sexualidade não são tão complexas. Relacionamento aberto, monogamia, poliamor? Assuntos que podem ser polêmicos para as gerações anteriores são tratados de forma completamente normal pela Geração Z. Gênero é fluido, sexualidade é fluida, pessoas são pessoas. Simples assim. E tudo isso se dá pela forma como eles vivem o mundo digital: desde sempre, um universo de assuntos e possibilidades está a um clique de distância.

A Geração Z nunca conheceu um mundo sem smartphones e mídias sociais. Para eles, a internet não nasceu ontem, eles nasceram e cresceram lado a lado. Eles consomem informações rapidamente e estão prontos para avançar para a próxima coisa em um piscar de olhos. Quando se trata da Geração Z, segundos contam.

Estudos recentes sugerem que os períodos de atenção da Geração Z diminuíram para oito segundos e que eles não conseguem se concentrar por um longo período de tempo. No entanto, a Geração Z realmente tem o que pode ser chamado de “filtros de oito segundos” altamente evoluídos. Por isso, eles odeiam (odeiam mesmo!) publicidade digital “tradicional”. E, para sua alegria, isso é algo facilmente descartável e pode sumir com a ajuda de apenas um plug-in: 52% deles usam bloqueadores de anúncios ao navegar na Internet.

Eles cresceram em um mundo onde suas opções são ilimitadas, mas seu tempo não é. Assim, a Geração Z adaptou-se para rapidamente classificar e avaliar enormes quantidades de informação. Sempre conectados, eles vivem de olho nas tendências, seja por sites ou em aplicativos, consumindo o conteúdo mais “fresco” e mais popular. Eles também recorrem a curadores confiáveis para localizar as informações e entretenimento mais relevantes. Essas ferramentas ajudam a Geração Z a reduzir suas opções a uma quantidade mais gerenciável.

Uma vez que algo mostra que merece atenção, a Geração Z pode se tornar intensamente comprometida e focada. Eles amadureceram com uma Internet que permitiu que eles se aprofundassem em qualquer tópico de sua escolha e aprendessem com outras pessoas que pensam igual.

Em um nível pessoal, a Geração Z busca validação e aceitação imediata por meio das mídias sociais, já que é onde estão todos os seus amigos e onde muitas das conversas importantes acontecem.

E quando falamos sobre vida profissional, a Geração Z tem total consciência dos estereótipos negativos relacionados aos Millennials. Como resultado disso, eles querem ser conhecidos por sua capacidade de trabalhar duro e perseverar offline.

Pesquisas recentes rotulam a Geração Z como a geração dos jovens empreendedores e destacaram seu desejo de abandonar a rotina corporativa para gerenciar suas próprias startups. Mas, embora a Geração Z goste da ideia de trabalhar por conta própria, a maioria deles é avessa a riscos. O empreendedorismo da Geração Z é, na verdade, mais um mecanismo de sobrevivência do que um ideal de status ou riqueza.

Enquanto os Millennials foram criticados por sua falta de foco, a Geração Z está determinada a se planejar com antecedência. A Geração Z foi fortemente moldada pelos pais individualistas e autoconfiantes da Geração X, e eles estão comprometidos em evitar os erros cometidos pelas gerações anteriores.

Eles são a primeira geração verdadeiramente “global” do mundo, devido à incrível capacidade da Internet de reduzir as barreiras culturais em apenas um toque na tela de seu smartphone.

Portanto, não os subestime: são grandes as chances de estarmos prestes a testemunhar uma geração que é capaz de mudar o mundo.

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Créditos: Imagem destaque – Por DisobeyArt.

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