Categories Inova+Posted on 11/01/202112/05/2022Uma semana, duas tendências: A briga contra as Big Techs e os produtos do bem da CES 2021 A primeira semana do ano passou e já vimos diversos movimentos no sentido das tendências que citamos anteriormente. Se você ainda não viu nosso texto “Tendências e tecnologias inovadoras para 2021”, sugiro que vá dar uma olhada e ouça o podcast que complementa o texto (no player abaixo). Nos parágrafos seguintes, separamos 2 novidades que ocorreram nos primeiros 10 dias de 2021. O acerto de contas com as Big Techs e a privacidades digital Vamos começar pelas Big Techs. Neste começo de ano, o senado americano está focado na transição da presidência dos EUA, mas isso não quer dizer que o embate com as Big Techs ficou de fora dos holofotes. A invasão no Capitólio do EUA, a apatia de Donald Trump e banimento ou bloqueio das contas do então presidente norte-americano no Twitter, Facebook, Instagram, YouTube, Snapchat e Reddit fizeram com que uma parcela da população, em grande parte apoiadores de Trump e Bolsonaro, iniciasse um movimento migratório de plataformas digitais. Além disso, no dia 06, o WhatsApp anunciou que exigirá dos usuários o compartilhamento de dados com o Facebook, fazendo com que outra parcela de pessoas cogitasse uma mudança para aplicativos concorrentes como, por exemplo, o Telegram. Mas vamos por partes, porque tudo envolve política, teorias conspiratórias e temas que podem confundir quem não é especialista na área de tecnologia. Primeiro vamos falar sobre a migração dos apoiadores dos presidentes para plataformas com políticas de moderação questionáveis. A parcela mais extremista está cogitando deixar as principais redes sociais por considerar que houve censura às contas de Trump. Isso é apenas mais um ingrediente no bolo que já vem sendo feito há tempos. Não é de hoje que esta parcela da população tenta migrar seus apoiadores para fora das grandes redes sociais, controladas pelas Big Techs, para não sofrer qualquer tipo de veto em seus discursos. Muitos consideram as políticas de moderação um “ato contra a liberdade de expressão”. O bloqueio de Trump nas redes foi a forte justificativa que este público precisava para dizer: “Viu, pessoal?! Estão nos censurando, vamos para outra rede social, onde podemos falar o que quiser”. O problema está neste falar o que quiser. Não existem redes sociais sem moderação. Quando falamos em comunidades virtuais, elas não se autorregulam, muito pelo contrário, as chances de virar um caos virtual é quase 100%. Imagine uma cidade sem leis, é mais ou menos isso. Discutir política e diferentes opiniões é algo sadio e deve ser incentivado, foi para isso que a internet foi criada; compartilhamento de ideias. Mas precisamos vetar discursos que incentivam a violência, assédio, propagação de ódio e extremismo violento. As políticas de moderação das Big Techs podem não ser o melhor dos mundos, mas elas existem e ajudam a delimitar o que é uma discussão e o que é uma selvageria. Já o segundo ponto, o compartilhamento de dados do WhatsApp e Facebook, está longe de ser a queda de um bastião da privacidade. As Big Techs, principalmente o Facebook, ganham dinheiro com os nossos dados — é o aluguel que pagamos por usar plataformas “gratuitas”. De nada adianta migrar para o Telegram, mas continuar tendo uma conta no Instagram ou no Facebook. Em 2018, escrevi o texto “Em algum momento a sua privacidade será invadida… e isso é normal”. Foi lá que compartilhei dois conselhos: Se você quer manter algo em segredo, mantenha offline. Do contrário, apenas aceite que sua privacidade será invadida, mais cedo ou mais tarde. A privacidade é como a segurança. São apenas sensações. Me desculpe se estou sendo um pouco duro, mas é isso. O seu gerente do banco sabe que você almoçou no restaurante X, por mais que exista sigilo bancário; o Google sabe que você entrou na Renner só para ver uma blusinha, por mais que nunca tenha buscado isso; e a sua operadora de internet sabe que você acessou algum conteúdo adulto, mesmo na aba anônima do navegador. A grande verdade é que, se não fosse leis com a LGPD, talvez o Facebook nem nos avisasse deste compartilhamento. Você até pode migrar para o Telegram, mas saiba que sempre terá alguém olhando os seus movimentos pela internet (e, até mesmo, fora dela). Os produtos focados no bem-estar e no meio ambiente A CES 2021 começa nesta segunda-feira (11), mas algumas empresas já adiantaram novidades, entre elas a LG e Samsung. As duas empresas sul-coreanas apresentaram produtos com foco no bem-estar e no meio ambiente. Começando pela Samsung, a empresa anunciou que embarca em uma “Jornada de Sustentabilidade” (“Going Green“, em inglês) na sua unidade de negócios de TV. Isso significa que a empresa adotará algumas iniciativas, como: Design de embalagem sustentável: A Samsung está expandindo seu design de “Eco-package” para todas as TVs 2021 Lifestyle e a maioria da linha 2021 Neo QLED (leia mais aqui). Essa solução sustentável pode contribuir com o reuso de até 200.000 toneladas de caixas de papelão ondulado a cada ano, segundo pesquisas internas da empresa. Ao reduzir texto e imagens gráficas na embalagem e eliminar a tinta à base de óleo da impressão em cores, que é tradicionalmente usada em caixas de TV, a empresa busca levar novas políticas para a eliminação de resíduos. Controle remoto solar: Em 2021, as TVs Samsung virão com um controle remoto alimentado por células fotovoltaicas que podem ser recarregadas por luz solar, luz interna ou USB — uma inovação inédita no mercado. Segundo a empresa, isso ajudará a evitar o desperdício de 99 milhões de pilhas AAA projetadas ao longo de sete anos. Além disso, para construir o controle remoto, a Samsung inovou o processo de fabricação que otimiza plásticos de garrafas recicláveis — incluindo 24% de conteúdo reciclado. Os recursos de acessibilidade: Agora disponíveis em todos os modelos 2021 QLED e Neo QLED — os novos recursos de acessibilidade trazem os mais recentes avanços em tecnologia e Inteligência Artificial (IA) para ajudar mais pessoas a desfrutar confortavelmente de suas experiências na TV. A linha 2021 adiciona novos recursos, como Caption Moving, Sign Language Zoom e Multi-Output Audio, dando a pessoas com dificuldades auditivas, pessoas com baixa visão a capacidade de otimizar seu uso de acordo com suas necessidades e preferências. Até 2022, a Samsung se compromete a expandir seu recurso Guia de Voz — que fornece orientação de áudio para pessoas cegas e com baixa visão e continuará a desenvolver novos recursos baseados em IA para melhorar a acessibilidade das TVs nos próximos anos. Já a LG vem investindo no mundo pós-pandemia. Combinando suas competências em robótica, inteligência artificial e veículos autônomos, a empresa anunciou que está desenvolvendo um robô autônomo que usará luz ultravioleta C (UVC) para desinfetar áreas de muito contato ou grande volume de pessoas. O objetivo é oferecer o robô com luz UV a clientes que atuam nos setores de hospitalidade, varejo, corporativo e educação nos Estados Unidos no início de 2021. “Este robô autônomo com luz UV chega num momento em que a higiene é a maior prioridade dos hóspedes nos hotéis, de estudantes e de frequentadores de restaurantes”, diz o vice-presidente Roh Kyu-chan, líder da divisão de negócios de robôs da LG Business Solutions Company. “Os consumidores podem ter certeza de que o robô com luz UV da LG ajudará a reduzir sua exposição a germes potencialmente nocivos.” Graças ao seu design autônomo, o robô consegue se mover com facilidade entre mesas, cadeiras e outros móveis. Normalmente, leva de 15 a 30 minutos para irradiar as superfícies tocáveis de um ambiente e desinfeta várias áreas sem precisar recarregar a bateria. Criado para ser fácil de operar, o robô pode ser integrado a rotinas de limpeza já estabelecidas e sua operação não requer especialistas ou profissionais altamente treinados. Além disso, a equipe poderá monitorar o progresso do robô com atualizações remotas enviadas a seus celulares ou tablets. Apesar de ser uma boa solução na limpeza de ambientes, os raios UV são nocivos ao ser humano. Por iso, o aparelho possui uma trava de segurança integrada no robô que é ativada por sensores de movimentos humanos, pelo acionamento do botão de parada de emergência ou via aplicativo móvel. Compartilhe esse artigo: