Categories Soluções de ImpactoPosted on 26/09/201924/05/2022Cortex Shelter: Uma solução de habitação de longo prazo para campos de refugiados Na realidade de um campo de refugiados, tudo precisa acontecer rapidamente, principalmente a construção de novas moradias. Pensando nisso, o estúdio Cutwork projetou nova habitação que pode ser construída em um dia por duas pessoas, sem nenhuma habilidade específica de construção ou maquinaria pesada. A Cortex Shelter, diferentemente da maioria dos abrigos para refugiados, também foi projetada para durar décadas e ajudar a construir uma nova cidade, não apenas um abrigo temporário em um assentamento transitório. “Basicamente, projetam esses lugares com a ideia de que será um acampamento temporário, que haverá apenas um momento em que você entra e depois sai e é destruído”, diz Antonin Yuji Maeno , arquiteto, designer e co-fundador do Cutwork. “Mas a realidade é muito diferente disso.” Kakuma, por exemplo, um campo no Quênia com mais de 185.000 habitantes, existe desde 1992; o mesmo acontece com os campos Dadaab e Zaatari, na Jordânia. Muitos outros também existem há décadas. Como os campos de refugiados raramente acabam sendo temporários, os arquitetos argumentam que não faz sentido usar tendas, mesmo quando a primeira onda de refugiados chega a algum lugar. As tendas podem queimar facilmente ou ser cortadas com uma faca se alguém quiser invadir – além de simplesmente não durarem muito. “Se aquele campo fica ativo por 10 ou 20 anos, substituir uma barraca a cada nove meses não é uma solução viável”, explica Antonin. A Cortex Shelter, que está sendo desenvolvida como protótipo, tem uma estrutura metálica que é plana, mas dobrável. Para isso, a Cutwork fez uma parceria com a Cortex Composites, uma empresa que fabrica um “tecido de concreto” rolável personalizado, que também pode ser transportado em seu formato plano e depois colocado sobre a estrutura. O tecido, uma malha de plástico preenchida de cimento, foi inspirado no tipo de molde usado em um braço quebrado; quando a água é adicionada, o material endurece. Esse material também possui uma pegada de carbono muito menor do que o concreto comum. No parte interna, outro tecido com isolamento é adicionado às paredes que ficam voltadas para dentro da parte principal da casa, onde as pessoas vivem. m uma extremidade da casa, uma área ventilada tem espaço para cozinhar e um cômodo separado para um banheiro seco, além de um chuveiro e uma pia que funcionam fora da rede. Os painéis solares no telhado fornecem energia suficiente para iluminação, carregamento de aparelhos celular e um fogão. A equipe quer que o custo da Cortex Shelter seja abaixo de US$ 4.000; a longo prazo, essas habitações são mais baratas do que substituir tendas. A Cutwork prevê que uma versão diferente de seu próprio abrigo também possa ser usada para moradias populares. Nos campos de refugiados, espera-se que as casas ajudem a inspirar o crescimento a partir de uma abordagem diferente, que abraça a ideia de construir uma nova cidade onde as pessoas querem viver. Politicamente, isso pode ser difícil, uma vez que os países anfitriões que não prestam suporte aos refugiados geralmente querem que os assentamentos pareçam o mais temporários possível. Compartilhe esse artigo: