Estes painéis solares são mais finos do que fios de cabelo

Estes painéis solares são mais finos do que fios de cabelo

Desenvolvidos nos anos 1950, os painéis solares não mudaram muito ao longo dos anos. Com um design que se mantém o mesmo há mais de sete décadas, sua evolução tecnológica só é evidenciada pelo seu constante ganho de eficiência. Agora, porém, graças a avanços recentes na nanotecnologia, estima-se que a indústria possa finalmente produzir variantes mais versáteis desses equipamentos.

Apesar de parecer um problema secundário, o aspecto físico dos painéis solares é uma limitação importante. Isso porque, uma vez que possam ser fabricadas em diferentes formatos, cores e materiais, as células fotovoltaicas também poderão ser aplicadas em diferentes espaços, facilitando sua adoção nos mais diversos cenários.

É justamente nesse tipo de inovação que cientistas do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, têm trabalhado. Eles acabaram de desenvolver células solares mais finas do que um fio de cabelo humano. Além disso, elas também são ultraleves e podem converter qualquer superfície em uma fonte de energia.

Como todo salto tecnológico deste tipo, porém, os novos painéis solares são frutos de anos de estudo. Neste caso, além de encontrar o material ideal, os cientistas precisaram desenvolver uma nova técnica de produção para as células. Ao final, o resultado obtido foi uma espécie de “pintura eletrônica”, capaz de se aderir a superfícies plásticas e metálicas.

Tudo começa com a impressão de eletrodos em uma chapa plástica. Em seguida, essa chapa é colada a um tecido chamado Dyneema, escolhido especialmente por sua resistência e leveza – para se ter uma ideia, cada metro quadrado pesa apenas 13 gramas. Por sua vez, o passo final consiste em remover o tecido e a chapa, deixando somente o material impresso.

Como resultado, as novas células solares pesam 100 vezes menos do que as tradicionais, além de produzirem, proporcionalmente, 18 vezes mais energia. Segundo ainda relatam os cientistas, o novo design tem uma série de vantagens, visto que, além de ser muito mais leve e fácil de se transportar, pode ser empregado em inúmeros contextos – das hélices de um drone às velas de um barco, por exemplo.

Em uma fala publicada no periódico científico, Small Methods, Vladimir Bulović, um dos responsáveis pelo projeto no MIT, ressalta que o material será fundamental para acelerar a adoção da energia solar. Até o momento, não se fala em quando esses novos painéis solares poderiam chegar ao mercado – contudo, ainda segundo o time responsável, sua produção seria facilmente escalável.

Saiba mais no vídeo a seguir:

Paper-thin solar cell can turn any surface into a power sourcePaper-thin solar cell can turn any surface into a power source
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