Categories Tecnologias SociaisPosted on 13/12/201825/05/2022OrCam MyEye: dispositivo de inteligência artificial ajuda pessoas a ler e reconhecer rostos e produtos A Mais Autonomia Tecnologia Assistiva acaba de lançar a versão 2.0 do OrCam MyEye, tecnologia que oferece independência às pessoas com deficiência visual, déficit de leitura, dislexia e Síndrome de Down. O aparelho fotografa, escaneia e transforma instantaneamente textos de qualquer superfície em áudio. Isto acontece com livros, jornais, revistas, placas de rua, cardápios de restaurantes, nomes de lojas, mensagens do celular, folhetos etc. O potencial de pessoas que podem ser beneficiadas em todo o mundo supera 1 bilhão. Números da Organização Mundial da Saúde revelam o potencial de pessoas que podem ser beneficiadas: 17% da população mundial têm dislexia e 5% sofrem de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). Com relação à Síndrome de Down, a OMS aponta que a cada 1.100 crianças nascidas no mundo, uma possui a anomalia genética do cromossomo 21. São 300 mil famílias afetadas no Brasil e 250 mil nos Estados Unidos. Já o número de deficientes visuais no planeta atinge 380 milhões. Capaz de detectar textos em português, inglês e espanhol, o dispositivo possui controle de velocidade, possibilitando a leitura de 100 a 250 palavras por minuto; permite escolher entre voz masculina e feminina; e tem comandos para pausar, adiantar ou retroceder a leitura. Tudo isso offline. “Cerca de 80% das atividades que realizamos no dia a dia estão relacionadas à leitura. O OrCam MyEye proporciona, com o poder da visão artificial, a inclusão, ao oferecer acesso à informação disponível aonde a pessoa estiver. Com este dispositivo é possível ler até uma revista de bordo, a 10 mil metros de altura”, explica Doron Sadka, diretor da Mais Autonomia Tecnologia Assistiva, distribuidora exclusiva da OrCam no Brasil. Dotado de uma câmera inteligente intuitiva acoplada à armação dos óculos do usuário, o OrCam MyEye é a única tecnologia que reconhece até 200 produtos previamente cadastrados. Após o reconhecimento, retransmite a informação discretamente no ouvido do usuário. O equipamento conta ainda com uma tecnologia avançada de reconhecimento de faces que auxilia o usuário a identificar as pessoas ao seu redor. É possível cadastrar até 150 rostos. Sempre que o usuário passar por uma pessoa cadastrada, o dispositivo reconhece o nome de maneira instantânea e automática, revelando quem está à sua frente. Além disso, detecta as pessoas por gênero quando não estão cadastradas. O OrCam MyEye identifica produtos por meio de códigos de barra; reconhece cores com um simples toque; e, por ser dotado de leds, opera também no escuro. Possui reconhecimento automático de notas de dinheiro (Real e Dólar) e informa a hora e a data sempre que o usuário girar o punho, como se estivesse com um relógio. Sua bateria integrada tem duração contínua de 2 horas e necessita de apenas 20 minutos para o carregamento. O dispositivo pode ser financiado em até 60 vezes pela linha de crédito do Governo Federal para tecnologias assistivas, através do Banco do Brasil. A oftalmologista Juliana Sallum, professora do Departamento de Oftalmologia da Unifesp e diretora do Instituto de Genética Ocular, diz que o OrCam MyEye é uma ferramenta excelente para melhorar o dia a dia dos pacientes. “Devolver a capacidade de leitura inclui na sociedade a pessoa com deficiência visual”. “O OrCam MyEye tem um potencial de aplicação enorme, não só para deficientes visuais, mas também para pessoas com transtorno de desenvolvimento e com dificuldade no processo de leitura, seja por distúrbios cerebrais ou por problemas de aprendizagem. Leve, funcional e prático, o aparelho amplia a qualidade de vida das pessoas que tem necessidades específicas relacionadas a dificuldade de decodificação visual”, relata Mauro Muszkat, coordenador responsável e criador do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil Interdisciplinar (NANI) do Departamento de Psicobiologia da UNIFESP. Para mais informações, clique aqui. ___ Gostou do texto e quer fazer parte da nossa comunidade? Envie uma sugestão de pauta, um texto autoral ou críticas sobre o conteúdo para [email protected]. Compartilhe esse artigo: