Hack For Good: Cura, o aplicativo de saúde para migrantes

Hack For Good: Cura, o aplicativo de saúde para migrantes

Um aplicativo que conecta migrantes e médicos. Esse é o Cura, desenvolvido por membros da comunidade Portuguese Women in Tech e vencedor da segunda edição do hackathon Hack For Good, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Patrocinado por várias empresas com grande presença na capital portuguesa, o evento teve como objetivo desenvolver soluções para melhorar a vida de refugiados.

O Cura é focado no público feminino, porque “normalmente elas são o centro da saúde das famílias”, afirma Daniela Seixas, fundadora da TonicApp e parte do time multidisciplinar do projeto, que também contou com a participação Teresa Fernandes (consultora do Conselho de Administração da AICEP), Carina Branco (advogada) e Rosário Costa (designer e programadora). Usando ícones e imagens, além de tradução simultânea, o Cura permite que paciente e médico se comuniquem de modo remoto. Além de toda conversa ser apagada após o logoff, a fim de preservar dados de saúde e anonimato, os médicos da plataforma são voluntários (em apenas 30 horas de hackathon, 82 médicos se voluntariaram no projeto).

algo que elas têm na palma da mão, que permite falar, expor um problema de saúde com a segurança do anonimato e a garantia de que, do lado de lá, está um profissional de saúde

O Cura vai além de um simples aplicativo, ele é um “instrumento de empoderamento e de inclusão das mulheres migrantes”. De acordo com a equipe, é “algo que elas têm na palma da mão, que permite falar, expor um problema de saúde com a segurança do anonimato e a garantia de que, do lado de lá, está um profissional de saúde”.

O desafio de criar uma plataforma médica online não é novidade para Daniela Seixas. Médica especializada em neurorradiologia e doutora em neurociência, ela trocou a medicina pela área de tecnologia e criou, em 2016, o aplicativo “Tonic”, uma plataforma de comunicação entre médicos, hospitais, seguradoras e indústria farmacêutica. Conhecidos por não responderem e-mail, os médicos têm no Tonic uma opção segura de acompanhar apenas mensagens e informações sobre seus procedimentos, sem que sejam impactados pela newsletter do e-commerce ou a mensagem de bom dia do WhatsApp.

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