Human City Design 2021 está em busca de projetos para melhorar a vida nas cidades

Human City Design 2021 está em busca de projetos para melhorar a vida nas cidades

Ao redor do mundo, as cidades vêm enfrentando desafios cada vez maiores, desde o aumento da desigualdade social, crise habitacional e de energia, mudanças climáticas e emergências de saúde como a pandemia de coronavírus.

Mais do que nunca, é preciso estabelecer uma relação mais harmoniosa entre pessoas, sociedade e natureza. Para isso, é preciso não só criatividade e pensamento inovador, mas profissionais dispostos a desenvolver projetos pensados gerar um impacto positivo na forma como vivemos hoje e viveremos no futuro.

Soul, capital da Coreia do Sul, foi declarada em 2018 como a “Seoul do projeto da cidade humana”, com o objetivo de ser um farol urbano para um ecossistema sustentável entre as pessoas, a cidade e a natureza. A partir disso, em 2019, o prêmio Human City Design foi lançado para compartilhar esse objetivo, buscando e homenageando designers que usam a criatividade para resolver problemas urbanos complexos.

Em 2021, o prêmio Human City Design chega à sua terceira edição, em busca de projetos criados para melhorar a vida nas cidades, que criem um ambiente urbano sustentável onde todos os cidadãos possam viver bem e aproveitar suas vidas.

As inscrições serão avaliadas de acordo com os seguintes critérios:

  • Os projetos devem solucionar os problemas da vida na cidade, ao mesmo tempo que criam uma área urbana harmoniosa;
  • Os projetos devem ter um a visão de futuro e contribuir para um conceito de cultura global e voltada para o futuro;
  • Os projetos devem ter a possibilidade de expansão a nível internacional;
  • Os projetos devem ter a possibilidade de ser implementados em menos de cinco anos.

Os projetos selecionados concorrerão a um prêmio principal de 50.000.000 KRW (cerca de R$ 248.000,00), enquanto a menção honrosa concederá prêmios de 5.000.000 KRW (cerca de R$ 24.700,00) a 10 projetos. O anúncio do vencedor será feito em 21 de março de 2022, em uma cerimônia on-line.

As inscrições para o Human City Design 2021 podem ser feitas até 31 de outubro de 2021, no site oficial da premiação. 2 projetos brasileiros foram Human City Design 2020, saiba mais a seguir:

Design Meets The Corre – FA.VELA

Um projeto iniciado em Belo Horizonte, uma das maiores cidades do Brasil e abriga uma das maiores favelas do país, Aglomerado da Serra.

A FA.VELA é a primeira aceleradora de negócios do Brasil que atua em comunidades de baixa renda. Através de com programas de aceleração de negócios e projetos com foco em impacto socioambiental e econômico, o projeto visa criar um ecossistema empreendedor, tecnológico e propício à inovação para comunidades de baixa renda.

O projeto “Design Meets The Corre” teve início em 2016 com o objetivo de criar uma “identidade visual” para as empresas que operam nessas favelas. A iniciativa também forneceu financiamento e outros tipos de suporte para a criação e crescimento das marcas.

Vários dos designers mais renomados de Belo Horizonte, que participaram do projeto de forma gratuita, criaram novas marcas e logotipos para aproximadamente 90 empresas, incluindo salões de beleza, escolas de música e cafés. O “Design Meets The Corre” ainda está em curso e conta com 167 especialistas, que já criaram 598 postos de trabalho.

Cobogó Sururu da Mundaú – Marcelo Rosenbaum, Adriana Benguela e Rodrigo Ambrósio

Mundaú é uma lagoa localizada em Vergel do Lago, em Maceió (AL). Às margens da Lagoa Mundaí, existem 5 favelas, onde milhares de pessoas moram em casas feitas de lona e papelão em meio a condições extremamente precárias e insalubres. Na região, há altos incidentes de desnutrição infantil, tráfico de drogas e prostituição infantil.

A única atividade econômica nessas favelas é a pesca e comercialização do sururu, uma espécie de mexilhão. A pesca de Sururu é praticada por muitas famílias nesta área. Em Vergel do Lago, 300 toneladas de conchas são descartadas todo mês, causando sérios problemas ambientais e de saúde pública. O sururu foi declarado patrimônio imaterial do Estado de Alagoas em 2014 por sua importante posição na cadeia alimentar da região.

O objetivo do projeto Cobogó Sururu da Mundaú é aumentar a renda dos moradores locais com o desenvolvimento de produtos a partir das 300 toneladas de conchas que são descartadas a cada mês. As conchas, que são trituradas pelos moradores, foram misturadas com areia e cimento para a confecção de cobogós, em cooperação com a Portobello, fabricante brasileira de revestimentos cerâmicos.

DOC UNLTD - Cobogó MundaúDOC UNLTD – Cobogó Mundaú
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