Casal brasileiro cria substituto para embalagens plásticas e papel alumínio

Casal brasileiro cria substituto para embalagens plásticas e papel alumínio

Você já parou para pensar quanto lixo gera diariamente? Em outubro de 2016, o InovaSocial mostrou alguns exemplos de pessoas ao redor do mundo que estão parando de produzir lixo. A boa notícia é que muita gente tem apoiado esse movimento e, além de ser um consumidor consciente, também tem criando soluções para ajudar o meio ambiente. É o caso da Keep Embalagens Ecológicas, empresa do casal Lucas Bastos e Carla Enero, ambos de Joinville, Santa Catarina.

O casal desenvolveu uma linha de embalagens feitas de tecido 100% de algodão, cera de carnaúba, cera de abelha e resina de árvore. A ideia, segundo os criadores, surgiu de uma embalagem similar que eles conheceram enquanto moravam na Austrália. A versão brasileira, que pode durar um ano e serve como substituto do plástico filme e do papel alumínio, possui uma fina película que ajuda na conservação dos alimentos (já que o algodão é um tecido “respirável”) e pode ser lavado.

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Pode parecer algo tão simples, mas as embalagens são um dos itens que mais poluem a natureza. Cerca de 70% de toda a produção mundial de plásticos vão parar nos esgotos, rios e oceano. Algumas marcas já entenderam esse impacto e têm reduzido cada vez itens descartáveis. Um exemplo é a P&G, que em 2016-2017 reduziu 30% do plástico em suas embalagens, ou seja, 4.430 toneladas de resíduos plásticos. Para efeito de comparação, esse é o total de resíduos gerados por 2.850 famílias no mesmo período.

De acordo com Rodrigo Padilla, diretor da marca Ariel e Downy, “sabemos que esses são apenas os primeiros passos para práticas mais sustentáveis na categoria e que existe muito pela frente a se fazer”. Essa diminuição de resíduos é um reflexo dos novos produtos da marca. A P&G, detentora das marcas Ariel e Downy, tornou-se a primeira indústria de bens de consumo no Brasil a ter 100% do portfólio de lavanderia em versões concentradas, ou seja, os produtos concentrados necessitam de menos espaço, logo a embalagem pode ser reduzida. Se contar que, vale ressaltar, o sabão em pó possui muitos aditivos (como o fosfato) e são os produtos mais poluentes da categoria.

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