Bikes compartilhadas evitam emissão de 32 mil toneladas de CO2

Bikes compartilhadas evitam emissão de 32 mil toneladas de CO2

O setor de transportes é responsável por 25% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que exige cada vez mais investimento em transporte sustentáveis. Nesse contexto, as bicicletas mostram-se como ferramentas fundamentais na transição para uma economia de baixo CO2, uma vez que são modais não poluentes, além de eficazes para a maior parte dos deslocamentos. Mais de 60% das viagens realizadas nas grandes cidades têm distâncias menores que 8 km e poderiam ser feitas de bicicleta, por exemplo.

A Tembici, empresa de micromobilidade que atua em 12 cidades na América Latina há 10 anos, contextualiza esse cenário e revela que em seus anos de atuação 32 mil toneladas de CO2 foram potencialmente evitadas. Caso tivessem sido lançadas, seria preciso plantar 226 mil árvores para promover o equilíbrio ambiental.

O aquecimento global causa efeitos devastadores e as populações começam a sentir cada vez mais seus impactos. Este ano, o verão europeu registra temperaturas extremas. Essa onda de calor tem provocado incêndios florestais, quebras de safras, sobrecarga no sistema de saúde e outros efeitos colaterais graves. Por aqui, recentemente, os temporais causaram estragos em Pernambuco, Petrópolis e em outras cidades do país.

Além de todas as consequências das mudanças climáticas, a emissão de CO2 e outros poluentes nos centros urbanos traz graves consequências na saúde pública. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 9 a cada 10 pessoas no mundo vivem em lugares onde a qualidade do ar está abaixo dos limites mínimos.

A poluição do ar e as mudanças climáticas estão diretamente relacionadas na medida em que muitas das fontes de emissão poluentes são também fontes de emissão de gases de efeito estufa (GEE).

“Algumas escolhas, como deixar o carro na garagem e usar a bicicleta em trajetos do dia a dia, além de contribuírem substancialmente para melhoria da qualidade do ar, são fundamentais na corrida contra a emergência climática. E muitos dados evidenciam isso, mais da metade das pessoas que pedalam nossas bicis, 52%, afirmam que fariam os deslocamentos em modos motorizados se não utilizassem a bicicleta, por exemplo”, afirma Tallita Marão, coordenadora de ASG da Tembici.

Importância do mercado de carbono

Em 2021, a taxa de CO2 na atmosfera atingiu seu maior nível desde o início das medições, o que reitera a urgência da redução das emissões de carbono na atmosfera.

Nesse cenário, o mercado de carbono se coloca como instrumento de grande relevância tanto na tangibilização do impacto ambiental e da responsabilidade climática dos países e das empresas, agindo na correção dessa falha de mercado, quanto no financiamento de novas tecnologias que fomentem a transição para uma economia de baixo carbono.

Atenta a esta demanda, a Tembici foi a primeira empresa de mobilidade ativa do mundo a disponibilizar créditos de carbono para um leilão de créditos de carbono nesse segmento. A iniciativa, que ocorreu no primeiro semestre de 2022, fez parte da Bolsa Verde, projeto da prefeitura do Rio de Janeiro que contribui com o objetivo de consolidar a cidade em um hub de sustentabilidade e de investimentos verdes.

A ação, é uma das iniciativas nesse sentido, uma vez que a Tembici está presente em outras com melhores condições de deslocamento das pessoas, além de questões como economia financeira, qualidade de vida, impactos sociais e ambientais, como redução do trânsito e poluição.

Caso você queira entender mais sobre o assunto, recomendamos o play no episódio #68 do podcast do InovaSocial, em que conversamos com Luis Felipe Adaime, CEO e fundador da Moss, sobre o mercado de créditos de carbono.

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