Algas marinhas podem nos ajudar no combate às mudanças climáticas

Algas marinhas podem nos ajudar no combate às mudanças climáticas

Sempre trazemos ao InovaSocial novas soluções que estão sendo usadas para resolver questões ligadas às mudanças climáticas, como novas turbinas eólicas, inovações envolvendo captação de energia solar, etc. Mas a verdade é que a inovação não está apenas em criar coisas novas, mas também está em ideias que usam de forma diferente outros recursos naturais, como as algas.

Algas marinhas têm sido usadas para reduzir a produção de metano do gado, substituir plásticos e capturar carbono da atmosfera. Hoje, saiba mais sobre como esses organismos fotossintetizantes poderiam nos ajudar a resolver parte do problema que são as mudanças climáticas.

Capturando CO₂ da atmosfera

Para impedir que os impactos das mudanças climáticas se intensifiquem, não precisamos apenas reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mas também remover da atmosfera o carbono que foi emitido ao longo dos últimos 150 anos. Equipes de pesquisa estão investigando métodos de remoção de carbono que envolvem o cultivo de algas marinhas e outros tipos de algas no oceano profundo, onde não interferem nos ecossistemas costeiros frágeis, um processo que também é conhecido como “florestamento oceânico”. As algas absorvem CO₂ da atmosfera enquanto crescem, e esse CO₂ ficará preso nas profundezas pressurizadas do oceano, uma vez que a alga morre e afunda.

No entanto, ainda é difícil estimar quanto CO₂ essas abordagens realmente capturariam, e outra questão é se o processo seria acessível o suficiente, para permitir que a atividade fosse aplicada em larga escala. Também existem preocupações de que o crescimento de florestas de algas marinhas em grande escala possa interferir nos animais marinhos ou nas rotas de navegação.

Um artigo publicado em 2012 estimou que todas as emissões anuais atuais poderiam ser compensadas se as florestas de algas marinhas cobrissem 9% do oceano. Embora talvez não seja possível cultivar florestas desse tamanho, se uma fração desse número puder ser alcançada, as algas podem ser capazes de remover bilhões de toneladas métricas de CO₂ da atmosfera. Atualmente, organizações como Running Tide e Climate Foundation estão trabalhando no desenvolvimento dessas tecnologias.

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Carne à base de plantas

No InovaSocial, existem vários artigos destacando soluções que geram inovação através de uma abordagem à base de plantas – como o NUGGS e o Impossible Whopper. E, cada vez mais, novas empresas investem na produção de substitutos plant-based que reproduzam o sabor e a textura da carne.

Nessa busca pela peça perfeita, algumas empresas têm usado algas marinhas para desenvolver seus produtos, principalmente as algas vermelhas, que atingem uma textura e um visual mais realistas. Além disso, as algas marinhas possuem um bom desempenho tanto no quesito sabor, quanto no quesito nutrientes.

Estes são atributos que fizeram com que empresas como a Trophic, NovaMeat e New Wave tenham escolhido produzir sua carne à base de plantas e proteínas de algas marinhas, enquanto a AKUA tem como seu carro chefe um hambúrguer de algas marinhas.

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Créditos: Imagem Destaque – divedog

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