Categories InovaSocial IndicaPosted on 30/07/202529/07/2025Como viagens e cultura redesenham nosso sentido de pertencimento O que você vai descobrir a seguir: • Como o deslocamento físico pode redefinir a ideia de lar, identidade e pertencimento. • De que forma cidades mais humanas e acessíveis moldam não só o ambiente, nossa saúde e economia. • Por que a preservação de tradições alimentares é uma questão de identidade, respeito cultural e sustentabilidade. Há algo de profundamente humano em sair do lugar. Em fazer as malas, atravessar oceanos, ou simplesmente virar a esquina para se deparar com o desconhecido. Viajar, mais do que uma ação, é uma metáfora poderosa e transformadora. É no caminhar por ruas estranhas, no experimentar um tempero inusitado ou no esforço para entender uma nova língua que nos redescobrimos. O mundo se revela tanto fora quanto dentro da gente. E quando isso acontece, o que chamávamos de “casa” já não cabe mais em quatro paredes. As TED Talks da seleção especial de hoje não falam apenas de deslocamentos, mas de reencontros. De como o simples ato de mudar de lugar pode nos reconectar com o outro, com a cidade e até com os sabores esquecidos da nossa própria história. É nesse cruzamento entre deslocamento e pertencimento que entendemos: às vezes, é preciso sair para descobrir onde, de fato, é o nosso lugar. Onde é o lar? Pico Iyer reflete sobre a pergunta “de onde você vem?” e revela como, em tempos de mobilidade global, o conceito de lar se tornou algo menos territorial e mais emocional. Com humor e lirismo, ele compartilha uma trajetória marcada por múltiplas identidades e mostra que o verdadeiro pertencimento não se fixa em endereços, mas em experiências, afetos e momentos de silêncio interior. Isso se torna ainda mais evidente quando tudo ao redor está em movimento. A cidade “caminhável“ Com dados contundentes e uma visão prática, Jeff Speck defende que tornar as cidades mais caminháveis é muito mais do que uma questão de design urbano. É também uma medida econômica, ambiental e de saúde pública. Ao criticar a dependência do carro e mostrar exemplos como Portland, ele demonstra como ruas planejadas para pessoas, e não para veículos, podem transformar o cotidiano, reduzir desigualdades e até salvar vidas. Cidades flutuantes, a LEGO House e outras formas arquitetônicas do futuro Bjarke Ingels nos leva por uma jornada visual e instigante, onde a arquitetura é usada para imaginar futuros possíveis, sustentáveis e até flutuantes. De museus que atravessam rios a vilas estudantis sobre o mar, ele mostra como a criatividade aliada à consciência ecológica pode redesenhar não só paisagens urbanas, mas formas de viver em harmonia com o planeta. Tudo isso com um toque lúdico e ousado, como um LEGO gigante do amanhã. Quais alimentos os seus ancestrais adoravam? Aparna Pallavi denuncia com sensibilidade o desaparecimento silencioso das tradições alimentares indígenas, apagadas pelo preconceito e pela padronização ocidental da dieta. Através de relatos comoventes, ela mostra como a vergonha destrói vínculos culturais profundos e sugere que reconectar-se com os sabores ancestrais é um ato de amor, resistência e reconciliação com a terra. E também com a própria identidade. Créditos: Imagem Destaque – DavideAngelini/Shutterstock Compartilhe esse artigo: