Oscar 2025: Os documentários e curtas premiados e por que merecem sua atenção

Oscar 2025: Os documentários e curtas premiados e por que merecem sua atenção

O Oscar 2025 foi um marco para o cinema brasileiro. Após anos de indicações e reconhecimentos pontuais, finalmente o país conquistou a estatueta de Melhor Filme Internacional. Um feito inédito que consolida a força e a originalidade das nossas produções no cenário global. Dirigido por Walter Salles, “Ainda Estou Aqui” levou ao palco do Oscar uma história potente sobre memória, resistência e democracia, emocionando plateias e reafirmando a relevância do cinema brasileiro como uma voz essencial no debate cultural e político mundial.

Mas além dessa vitória histórica, o Oscar 2025 premiou outras produções que merecem destaque. Se você gosta de narrativas impactantes e histórias que fogem do óbvio, vale a pena conhecer os vencedores das categorias de documentário e curta-metragem. E o melhor: um deles você pode assistir agora mesmo, ao final desta publicação.

Melhor Documentário: “Sem Chão

O cinema tem o poder de dar voz a histórias que precisam ser contadas; e “Sem Chão” (“No Other Land”) faz isso de maneira brilhante. O documentário, codirigido pelos ativistas palestinos Basel Adra e Hamdan Ballal, junto aos jornalistas israelenses Yuval Abraham e Rachel Szor, retrata a destruição das aldeias de Masafer Yatta, na Cisjordânia ocupada, pelas forças militares israelenses.

Com uma narrativa intimista e imagens impactantes, o filme vai além das manchetes e entrega um olhar humano e sensível sobre o impacto da ocupação e a luta por identidade. Atualmente, “Sem Chão” segue em exibição nos cinemas brasileiros e, em breve, deve chegar às plataformas digitais para aluguel e compra.

No Other Land - Official UK TrailerNo Other Land – Official UK Trailer

Melhor Documentário em Curta-Metragem: “A Única Mulher na Orquestra

Este documentário dirigido por Molly O’Brien, retrata a trajetória de Orin O’Brien, a primeira mulher a integrar a Filarmônica de Nova York – um marco na história da música clássica. Em 1966, sob a regência de Leonard Bernstein, Orin quebrou barreiras de gênero ao conquistar seu espaço em uma das orquestras mais prestigiadas do mundo.

Agora, aos 87 anos, Orin relembra os desafios e as vitórias que marcaram sua jornada, destacando como sua presença ajudou a transformar o cenário da música erudita para futuras gerações. Com uma abordagem sensível e envolvente, “A Única Mulher na Orquestra” (“The Only Girl in the Orchestra”) não é apenas um retrato sobre música, mas um testemunho sobre resiliência, determinação e a importância da representatividade no meio artístico. O curta já pode ser assistido na Netflix.

The Only Girl in the Orchestra | Official Trailer | NetflixThe Only Girl in the Orchestra | Official Trailer | Netflix

Melhor Curta-Metragem: “I’m Not a Robot

A ficção científica holandesa “I’m Not a Robot”, dirigida por Victoria Warmerdam, é um daqueles curtas que fazem a gente questionar nossa própria humanidade. A trama acompanha Lara, uma produtora musical que, após falhar repetidamente em testes CAPTCHA, começa a duvidar de sua própria identidade e embarca em uma jornada surreal para entender quem – ou o que – ela realmente é.

Com uma abordagem crítica e bem-humorada sobre tecnologia, identidade e a crescente automação da vida moderna, o filme cativa pela originalidade e pelo tom provocativo. Assista gratuitamente a seguir:

“I’m Not a Robot” (2025 Academy Award Winner) | The New Yorker Screening Room“I’m Not a Robot” (2025 Academy Award Winner) | The New Yorker Screening Room

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