Vire a Página: Livro incentiva mulheres a denunciarem casos de violência

Vire a Página: Livro incentiva mulheres a denunciarem casos de violência

Os números da violência contra a mulher assustam ao longo dos últimos anos, mas contrastam com uma realidade ainda mais grave: a maioria das vítimas tende a não denunciar o agressor, seja por medo ou por afeto. Estima-se que em 61% dos casos o agressor seja alguém conhecido da vítima, o que contribui para que o ciclo de violência continue acontecendo. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), sete em cada dez mulheres já foram ou serão violentadas em algum momento da vida.

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Em um breve retrospecto, só nos três primeiros meses de 2018, o Ligue 180 recebeu mais de 26 mil denúncias de violência psicológica. No ano anterior, 193 mil mulheres registraram queixa por violência doméstica e mais de 900 casos de feminicídio foram contabilizados. Em 2016, quase 200 mil medidas protetivas foram expedidas em todo o país.

Em Curitiba (PR), apenas a Casa da Mulher Brasileira já realizou mais de 27 mil atendimentos a mulheres em situação de violência. A Pousada de Maria já abrigou mais de sete mil mulheres.

Essa triste realidade chamou a atenção da Prefeitura de Curitiba e deu origem ao livro “Vire a Página”. Idealizado pela Master Comunicação, a obra foi montada com dezenas de boletins de ocorrência reais feitos por 19 mulheres que sofreram com a violência doméstica, mas que deram a volta por cima e reescreveram suas histórias.

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Para incentivar quem está passando pelo problema a tomar uma atitude, o verso de cada BO traz uma carta, escrita à mão pelas mulheres que participaram do projeto, dando apoio e incentivo necessário para inspirar quem está na mesma situação. Além dos boletins e das cartas, o livro traz também páginas com estatísticas sobre a violência contra a mulher e orientação sobre os tipos de violência e sobre quais canais procurar para pedir ajuda.

A campanha de divulgação do projeto conta com um booktrailer em animação, veiculação em redes sociais, revistas com dados e estatísticas da violência contra a mulher e ainda uma versão on-line do livro para download, que pode ser baixado a partir do dia 20 de março aqui.

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