Studio Ghibli e Zelda ajudam a relaxar e melhorar o bem-estar, diz estudo

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• • Filmes do Studio Ghibli e Zelda: Breath of the Wild ajudam a relaxar e aumentam o bem-estar.
• • Pesquisadores testaram calma, propósito e felicidade em mais de 500 participantes.
• • Combinar jogo e filme produziu os maiores ganhos de humor e serenidade.

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Quando a rotina aperta, buscar um respiro faz diferença. Pesquisadores decidiram observar o que acontece quando esse respiro vem de duas experiências populares: assistir a filmes do Studio Ghibli e jogar The Legend of Zelda: Breath of the Wild, um jogo de exploração em mundo aberto. A ideia central era simples: descobrir se essas atividades, feitas com regularidade, ajudam a relaxar e a melhorar o bem-estar.

O estudo reuniu 518 estudantes de pós-graduação de diferentes países. Eles foram divididos em quatro grupos: quem jogou, quem assistiu aos filmes, quem fez as duas coisas e um grupo de controle. Durante duas semanas, em horários regulares e sessões cronometradas, os participantes responderam questionários reconhecidos na psicologia sobre calma, felicidade, propósito de vida, sensação de domínio e vontade de explorar o ambiente.

Os resultados apontaram para a mesma direção: jogar promoveu um tipo de escapismo saudável, aquele momento em que a cabeça desacelera e você se reconecta com o que está fazendo. Já os filmes do Studio Ghibli favoreceram um estado de conforto e lembranças positivas, aproximando os participantes de sentimentos de segurança e afeto. Quem combinou as duas atividades relatou os maiores ganhos em bem-estar subjetivo, somando calma, curiosidade e senso de propósito de forma equilibrada.

A hipótese dos pesquisadores é que conteúdos narrativos acolhedores funcionam como uma pausa restaurativa. No jogo, a exploração sem pressão ajuda a focar no presente e treinar pequenas decisões, o que reduz o estresse percebido. Nos filmes, cenas do cotidiano e relações afetuosas resgatam memórias boas e criam familiaridade. O conjunto favorece atenção, humor estável e motivação.

Vale lembrar que o estudo foi feito com adultos jovens, em ambiente controlado, e por tempo limitado. Ou seja, os resultados não representam todo mundo nem todos os contextos, mas indicam um caminho promissor.

E, por mais que pareça um tema curioso e até improvável – afinal, estamos falando de um estudo científico sobre filmes de animação e um jogo de videogame – o trabalho é real. Ele foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Kyoto e da Universidade da Califórnia, Irvine, e publicado na JMIR Serious Games, uma revista científica internacional revisada por pares dedicada a investigar como jogos e mídias interativas podem impactar a saúde, a educação e o bem-estar.

Essa descoberta mostra que nem todo descanso precisa ser silêncio absoluto. Às vezes, ele nasce de uma história reconfortante ou de um mapa aberto à exploração. E, quando essas escolhas viram hábito, o dia ganha uma margem de respiro e o corpo agradece.