Categories Soluções de ImpactoPosted on 10/07/202510/07/2025Lápis já chegou à sua forma final? O Hollow Pencil prova que não O que você vai descobrir a seguir: Por que o design do lápis parecia “perfeito” há séculos, mas ainda pode evoluir. Como o Hollow Pencil, feito com papel em colmeia, reduz o uso de material em até 85%. A curiosa história da invenção do lápis e como até miolo de pão ajudava a apagar erros. Durante muito tempo, parecia que o lápis havia atingido sua forma definitiva. Grafite no centro, madeira ao redor, formato hexagonal e pronto. Nada mais precisava ser mexido. Mas será? Para falarmos sobre o futuro do lápis, antes é válido olhar para o passado. A história desse objeto é surpreendente: começou com bastões de grafite embrulhados em papel, nas ruas de Londres, usados por artistas e agricultores. Depois, na França, Nicolas-Jacques Conté misturou grafite com argila e água, criando o núcleo mais resistente e uniforme que usamos até hoje. E na América, o filósofo Henry David Thoreau deu ao mundo a escala de dureza do lápis, aquela do 1 ao 4 – em que o número 2 virou sinônimo de equilíbrio ideal para escrever. E antes da borracha, era o miolo de pão que apagava os erros. Sim, pão. Só em 1858 alguém teve a brilhante ideia de acoplar uma borrachinha ao lápis, encerrando a era dos farelos no papel. Mas mesmo com tanta tradição, será que não há espaço para inovação? O designer japonês Hideo Kambara acredita que sim. Sua proposta radical – e ao mesmo tempo engenhosa – é o Hollow Pencil: um lápis oco, feito com papel estruturado em formato colmeia. A madeira sai de cena. No lugar, segmentos vazados que economizam até 85% de material, com potencial para uso de papel reciclado. O Hollow Pencil funciona como um lápis comum. O toque é mais macio, a pegada mais confortável e, na hora de apontar, basta uma lâmina simples. O segredo está na leveza e na ousadia. A estrutura é menos rígida, sim, mas quando foi que um lápis precisou ser tão rígido? É natural que algumas pessoas torçam o nariz. “Fragilidade”, “conceito irreal”, “não substitui o tradicional”… São críticas previsíveis. Mas talvez não seja mesmo uma substituição. É uma alternativa criativa, com potencial real entre artistas, estudantes ou entusiastas do design. O Hollow Pencil não pretende reinventar tudo, apenas mostrar que, até mesmo um objeto aparentemente intocável, como o lápis, pode ser repensado à luz da sustentabilidade e da engenhosidade. Uma provocação bem-vinda, que nos faz lembrar que o design não é apenas o que funciona, mas também o que inspira. Compartilhe esse artigo: