O que a Teoria de Mudança do Instituto Sabin ensina sobre impacto social estratégico

O que a Teoria de Mudança do Instituto Sabin ensina sobre impacto social estratégico
O que você vai descobrir a seguir:
  • • Como o Instituto Sabin utiliza a Teoria de Mudança para alinhar ações e gerar impacto real.
  • • Os principais desafios de implementar uma estratégia em organizações sociais.
  • • Por que pensar a longo prazo é essencial para o futuro do terceiro setor.

No episódio #140 do podcast do InovaSocial, Gabriel Cardoso, gerente executivo do Instituto Sabin, compartilha os bastidores da construção e atualização da Teoria de Mudança da organização. A conversa traz uma visão acessível e prática sobre uma metodologia que, apesar do nome, tem tudo a ver com ação. A ideia é simples: transformar intenções em estratégia, e estratégia em impacto.

Gabriel explica que a teoria de mudança funciona como uma bússola. Serve para organizar ideias, priorizar recursos e guiar decisões com mais clareza. Desde 2021, o Instituto Sabin vem usando essa abordagem para definir seus eixos estratégicos e dar foco ao que realmente faz diferença. Em sua versão mais recente, para o período de 2025 a 2027, a teoria foi lapidada com base em escutas, análises de cenário e aprendizados da experiência anterior.

A teoria está estruturada em três grandes eixos: engajamento social e filantropia, promoção da saúde integral e fortalecimento dos ecossistemas de impacto. Cada um desses eixos desdobra-se em focos de atuação e projetos com indicadores bem definidos. Isso permite avaliar, por exemplo, se uma ação está de fato contribuindo para o objetivo maior da organização, ou se é hora de redirecionar os esforços.

Os bastidores de uma estratégia viva e em constante adaptação

Implementar uma teoria de mudança exige mais do que planejamento técnico. Requer escuta, clareza e, principalmente, coragem para tomar decisões difíceis. Gabriel conta que um dos maiores desafios foi aprender a priorizar. Em um cenário de escassez de recursos, dizer sim a um projeto implica, inevitavelmente, dizer não a outro. E essa escolha nunca é simples, especialmente quando há impactos sociais envolvidos.

Outro ponto abordado é o engajamento sincero das pessoas envolvidas. Mais do que adesão formal, é preciso criar um ambiente em que todos compreendam e acreditem no que está sendo construído. E, claro, entender que a teoria não é um documento fixo: é uma ferramenta viva, que deve ser revisada e ajustada conforme o cenário muda.

Por que considerar a Teoria de Mudança como ferramenta estratégica:

  • Clareza de propósito: traduz objetivos amplos em ações concretas;
  • Eficiência no uso de recursos: ajuda a direcionar energia, tempo e verba com mais foco;
  • Alinhamento de equipe: cria visão compartilhada entre diferentes áreas da organização;
  • Avaliação de impacto: define indicadores que mostram o que realmente está funcionando;
  • Resiliência institucional: permite ajustes diante de cenários em constante transformação;
  • Conexão com os ODS: fortalece o alinhamento com a Agenda 2030 da ONU.

Para o Instituto Sabin, que celebra 20 anos de atuação em 2025, lançar uma nova versão de sua Teoria de Mudança é reafirmar o compromisso com o impacto social, agora com ainda mais foco, colaboração e estratégia. E para outras organizações, fica o convite: talvez essa seja a ferramenta que faltava para transformar boas intenções em mudanças reais.

Quer entender melhor como tudo isso se conecta na prática? Dê o play no episódio abaixo e acompanhe a conversa completa com Gabriel Cardoso:

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