Categories Tecnologias SociaisPosted on 15/07/202106/05/2022NFTribos: A primeira galeria de tokens não fungíveis para artes indígenas No último mês de junho, a BrasilNFT (plataforma brasileira que busca promover o formato da arte em NFT) anunciou, via sua conta no Twitter, o lançamento da NFTribos, a primeira galeria de tokens não fungíveis de arte indígena e artistas indígenas. A iniciativa, organizada em parceria com representantes das etnias Guajajara, Bororo, Fulni-ô, Guarani Mbya e o Coletivo OCA (Observatório Cultural das Aldeias Artesãs), busca arrecadar recursos para artistas e povos originários, além de — segundo a plataforma, “tem o potencial de alavancar recursos e empoderar diferentes etnias, em um dos momentos da história em que indígenas sofrem mais ataques e enfrentam maiores dificuldades”. O NFT (do inglês “non-fungibre token”) é um token da blockchain atribuído a algo único, neste caso, uma obra de arte. Segundo a iniciativa, no caso da NFTribos, “os compradores levam o NFT e, na maioria dos casos, também uma arte física com um chip único, com conteúdos extras, como a história da etnia e a importância da luta dos povos originários na defesa do planeta, por exemplo”. Além disso, os tokens da NFTribos serão mintados (processo de criar o NFT para uma peça) em formato de geração de royalties e, toda vez que for revendido, as etnias correspondentes recebem novo aporte financeiro. Leia também: Havaianas fará primeiro drop NFT e parte do lucro será destinado à Favela Galeria “Uma excelente iniciativa, esclarecedora, conseguimos ter a percepção de como trabalhar junto ao BrasilNFT construindo, com isso, diretrizes para dar visibilidade e oportunidade de comercializar todos os trabalhos artesanais e culturais de nosso pertencimento. Isso levará esperança e ativará o ânimo e a perseverança em nossas comunidades!”, afirma Marcio Paromeriri, Pajé e Presidente da Academia de Saberes Indígenas. No entanto, o maior problema do mercado de NFTs, assim como o de criptomoedas, está no elevado custo computacional e energético. O processo de “mintar” tem sido uma discussão recorrente, pois gera um gasto de energia enorme e, consequentemente, a queima de combustíveis fósseis. Para isso, todos os NFTribos serão lançados “com pegada de carbono reduzida e toda pegada gerada durante o processo será neutralizada através da compra de créditos de carbono.” Ouça abaixo nosso podcast sobre créditos de carbono Compartilhe esse artigo: