Categories Soluções de ImpactoPosted on 30/07/202012/05/2022Estas janelas podem aquecer e resfriar ambientes de forma sustentável Como já comentamos no InovaSocial, prédios espelhados podem até dar uma aparência moderna e sofisticada às cidades, mas esquentar e resfriar o ambiente desse tipo de construção é algo muito difícil e caro, o que causa mais emissões de carbono. Isso acontece porque as janelas convencionais possuem dois problemas: em países com dias mais frios, o vidro não consegue manter o calor dentro do ambiente, fazendo com que seja necessário usar o aquecedor com mais frequência. Já nos dias quentes, o vidro permite que a luz do sol entre no ambiente, o que pode até fornecer mais luz natural, mas também gera mais calor; e então, o ar-condicionado precisa entrar em ação. Pensando nisso, o Dr. Matyas Gutai, professor de arquitetura da Universidade de Loughborough (Inglaterra), vem trabalhando em janelas compostas por um “vidro cheio de água” para resolver essas limitações. A tecnologia foi divulgada em um estudo publicado na revista Energy and Buildings – realizado em colaboração com o Dr. Abolfazl Kheybari, da Universidade de Kaiserslautern (Alemanha). Cada janela contém uma camada de água, selada entre duas camadas de vidro. À medida que a luz solar passa através do vidro, a água é aquecida, impedindo que o ambiente interno fique tão quente quanto ficaria com uma janela convencional. Quando uma determinada temperatura é atingida, a água aquecida pelo sol é bombeada para fora do edifício até um tanque de armazenamento. Ao mesmo tempo, uma nova camada de água fria é bombeada para dentro da janela. No fim do dia, quando a temperatura externa cai, a água aquecida pelo sol anteriormente é bombeada de volta para as janela, aquecendo o ambiente interno. Essa água também pode ser usada nas torneiras do edifício, reduzindo a necessidade do uso de um aquecedor de água. Embora o sistema de bombeamento de água implique na necessidade do uso da eletricidade, estima-se que uma construção equipada com as janelas criadas pelo Dr. Matyas Gutai usaria até 72% menos energia do que um edifício semelhante equipado com janelas de vidro duplo e sistemas de aquecimento tradicionais. Esse índice cai para 61% quando comparamos com um edifício com janelas de vidro triplo. A tecnologia já foi testada em 13 cidades com diferentes condições climáticas: tropical, seca, temperada, continental e polar. Atualmente, a Universidade de Loughborough está trabalhando em sua comercialização. Compartilhe esse artigo: