Os imigrantes e como eles estimulam o empreendedorismo

Os imigrantes e como eles estimulam o empreendedorismo

Com a eleição de Donald Trump, uma horda de políticos ultranacionalistas começou a ganhar voz. Com discursos inflamados, ameaçam os imigrantes de atacar a economia americana e de roubarem os empregos no país. No entanto, a realidade é totalmente diferente. Segundo o estudo “Immigrant Entrepreneurship”, de Sari Pekkala (Wellesley College) e William Kerr (Harvard Business School), entre 1995 e 2008, cerca de 37% das empresas americanas foram fundadas por, pelo menos, um imigrante.

Embora os imigrantes representem apenas 15% da força de trabalho, 27% dos empreendedores veem desta parcela de trabalhadores, ou seja, eles geram quase 1/3 dos empregos das start-ups.

Em entrevista publicada no começo do mês de março, o economista Ricardo Amorim explica (aos 2:58) o porquê da política de imigração de Trump não casar com a realidade do país.

No Brasil, um país criado à base da imigração, é difícil pensar que existam pessoas com pensamento tão protecionista. No entanto, não é diferente por aqui, mas, assim como nos EUA, os imigrantes também mostram como faz sentido ter as portas abertas para novos povos. Em 2013, a Gazeta do Povo, principal jornal do Paraná, publicou a matéria “Cultura empreendedora de imigrantes fomentou novas empresas no Paraná”, onde mostra como a vinda de italianos, poloneses, japoneses, ucranianos e alemães ajudaram a forjar a cultura empreendedora da região.

Mas, afinal, por que o empreendedor imigrante é tão bem-sucedido? Segundo a dupla de pesquisadores do estudo apresentado no começo do nosso texto, a resposta é simples, eles possuem alta tolerância ao risco, afinal, já estão bem longes das suas zonas de conforto. Muito diferente de quem está próximo de casa e prefere não pular de cabeça no risco.

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