Cientistas desenvolvem pele eletrônica capaz de transmitir calor e pressão

Cientistas desenvolvem pele eletrônica capaz de transmitir calor e pressão

Até hoje, cientistas sonham com próteses e robôs revestidos com uma pele eletrônica que transmita calor e pressão, tal como uma pele real, mas há uma grande pedra no caminho desses especialistas: o mundo exterior. Batidas e arranhões podem danificar os sensores da prótese, além de não ser prático descartar estas peles no lixo quando elas não são mais úteis. Mas os pesquisadores do campus de Boulder da Universidade do Colorado estão trabalhando para resolver isso.

Os cientistas anunciaram ter desenvolvido a primeira pele eletrônica que pode se regenerar e se reciclar. A tecnologia reproduz as propriedades funcionais e mecânicas de uma pele humana, capaz de transmitir pressão, temperatura e vibração. As peles eletrônicas são desenvolvidas desde 2011, mas a diferença desse versão é que ela pode ser reutilizada, diminuindo a produção de lixo e os custos de manufatura.

Imagine uma prótese de um braço ou de uma perna envoltos por uma pele eletrônica, permitindo que o usuário sinta mudanças de temperatura e pressão. A chave para conseguir isso foi usar poliimida e nanopartículas de prata, o que permite que os sensores sejam aplicados em espaços intrincados e curvos, como dedos das mãos ou dedos dos pés.

E essa pele eletrônica poderá ser aplicada de diversas formas e não apenas em próteses. Uma das possibilidades é a aplicação do tecido em robôs. Jianliang Xiao, engenheiro mecânico e líder do estudo, disse que a pele poderá proporcionar interações mais seguras entre humanos e robôs no futuro.

“O tato é fundamental porque, quando os seres humanos interagem com os robôs, queremos garantir que os robôs não firam as pessoas,” disse Jianliang . “Quando um bebê estiver doente, por exemplo, o robô poderá usar apenas um dedo para tocar a pele do bebê e dizer qual é sua temperatura.”

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Além do tato, essa nova pele eletrônica também poderá se regenerar quando danificada. Se o dano não permitir um reparo, é apenas necessário embeber o tecido em uma solução que separa as nanopartículas de prata e então “colocar tudo no lugar” novamente, fazendo com que a pele eletrônica possa voltar a ser usada normalmente.

Agora, a pergunta que você deve ter em mente é: e quando isso poderá ser utilizado na prática? Bom, a utilização em larga escala dessa pele eletrônica ainda não está perto de acontecer, mas certamente está no horizonte. Mais uma vez, o que nos resta é aguardar e observar o que está por vir.

Para saber mais, é possível ler o estudo do time de cientistas aqui.

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