Categories Tecnologias SociaisPosted on 10/11/202209/11/2022Land on Water: Uma vila modular flutuante e sustentável O planeta Terra tem cerca de 71% de sua superfície cobertos por água. E, ao mesmo tempo que falamos sobre povoar a Lua ou Marte, estima-se que que mais de 80% dos oceanos não estão mapeados, não são observados, nem explorados. Ainda assim, a poluição dessas águas já é um problema com o qual precisamos lidar hoje em dia. Mas, afinal, é possível explorar e até povoar as áreas marítimas de uma forma sustentável, que não apenas respeite o ambiente marinho, mas também crie habitats potenciais para as criaturas do mar? O desenvolvimento de soluções sustentáveis voltadas para a construção da vida humana nessa área não exige apenas mais raciocínio e recursos, mas também significa ser capaz de começar de novo usando as lições que aprendemos nos últimos milênios. E a ideia do projeto Land on Water aborda exatamente isso. Criado pela MAST, um escritório de arquitetura marítima com sede em Copenhague (Dinamarca), o projeto consiste em um sistema de construção modular, que conta com um suporte de flutuação e forma de gaiola, feito com materiais de origem local e reciclados, desenvolvido para segurar qualquer estrutura construída em sua superfície topo. O material escolhido para produção do suporte foi um plástico reciclado reforçado, visando facilitar o transporte desses módulos robustos e a montagem no local. Além de evitar as tintas anti-incrustantes tóxicas usadas nas fundações de aço e concreto, esses módulos podem se tornar potencialmente novos habitats para peixes e crustáceos, bem como pontos de ancoragem para moluscos e algas marinhas. Em outras palavras, a Land on Water não construirá apenas casas para humanos, mas também casas para a vida marinha que, por sua vez, possam ajudar a apoiar a comunidade humana na superfície. As gaiolas modulares podem ser usadas como base para qualquer construção, desde casas flutuantes e acampamentos, até piscinas e saunas – por mais incomum que isso possa parecer quando falamos de estruturas construídas para flutuar na água. No futuro, o projeto pode até se tornar um modelo para um novo tipo de comunidade flutuante dinâmica e fora da rede, em vez das estruturas gigantes que são usadas para ilustrar como serão as cidades do futuro, mas que adotam as práticas tradicionais e prejudiciais ao planeta, que são usadas principalmente nas grandes cidades até hoje. Land on Water pode não ser um design escalável para suportar edifícios grandes e pesados, mas a MAST deixa claro que esse é exatamente seu objetivo: criar estruturas menores e mais eficientes, que também respeitem mais o ambiente em que são construídas. Para saber mais, clique aqui. Compartilhe esse artigo: