Categories Tecnologias SociaisPosted on 31/10/201924/05/2022iFood anuncia robôs autônomos e soluções elétricas para 2020 O iFood, foodtech focada em delivery online, acaba de anunciar que usará robôs autônomos a partir de 2020. Anunciado nesta quarta (30), o projeto piloto está sendo desenvolvido em parceria com a Synkar, empresa especializada em inteligência artificial, e será implementado nos próximos meses. Além disso, o robô que está sendo projetado para atender as especificações da operação são veículos 100% elétricos e ecologicamente corretos,e tem capacidade para transportar até 30kg, com autonomia de 12 horas de trabalho. De acordo com Fernando Martins, gerente de Inovação Logística do iFood, “o uso de robôs autônomos é um passo em direção à aplicação de inteligência artificial para uma experiência de entrega ainda mais eficiente. É com o olhar para o futuro que estamos sendo pioneiros em testar equipamentos autônomos para entregas, garantindo otimização logística pela complementaridade com outros modais. Depois dos primeiros três meses de teste, teremos uma ideia mais concreta de como poderemos escalar.” Ainda segundo o comunicado da empresa, “durante a fase de testes, o veículo autônomo fará a primeira etapa do deslocamento da entrega, ou seja, fará a retirada do pedido no restaurante, localizado dentro de uma praça de alimentação, e levará até o iFood Hub, estrutura física onde o entregador retira os pedido e segue com a entrega por moto ou bicicleta, por exemplo. A próxima fase dos testes com o robô contemplará a última etapa da entrega, que compreende em receber o pedido pelo entregador e deslocá-lo até o consumidor dentro de grandes condomínios residenciais.” Inteligência artificial sem excluir o fator humano Conforme falamos no texto “Subemprego e desemprego, os dois lados da moeda dos aplicativos de serviços”, apesar das críticas em torno da segurança e o rendimento proporcionado pelos aplicativos, eles têm sido uma alternativa para amenizar o desemprego de uma população que segue na margem do mercado de trabalho e com muita dificuldade em encontrar uma “alternativa CLT.” Ou seja, existem críticas sobre este tipo de trabalho? Sim, mas também existe um impacto social que não pode ser ignorado. Quando vemos o iFood, uma das maiores foodtechs do mercado, anunciar o uso de robôs no processo de delivery, o primeiro pensamento que surge é a da exclusão do fator humano. Entretanto, a parte interessante da inovação no processo anunciado é que a necessidade do fator humano se mantém dentro do serviço. Até porque estamos longe de implementar veículos autônomos nas vias terrestres brasileiras. As ruas e avenidas, até mesmo dos grandes centros urbanos do Brasil, ainda não estão preparadas e o motorista teria que se adaptar a veículos sem a presença de um condutor. A inserção dos robôs no processo de delivery também fará com que o tempo do entregador seja menor. Se analisarmos o processo atual, percebemos que o entregador fica parado um tempo significativo (afinal, cada vez que ele fica aguardando na recepção de um condomínio comercial, por exemplo, ele está parado). Com a nova solução, o profissional só terá que levar a encomenda do ponto A até B, e o robô fará todo o restante do processo, liberando o profissional para seguir em frente com a próxima encomenda. (#FightCOVID19) Meet TARS – 1st Outdoor Delivery Robot in Southeast Asia Apesar de ser uma novidade, os robôs autônomos estão virando realidade em várias cidades. Na Malásia, o TARS – The Self Driving Delivery Robot (“O Robô Autônomo de Entrega”, em tradução livre), desenvolvido pela HelloWorld Robotics já está em fase de testes. O objetivo da startup é reduzir o custo do delivery para $ 1. No caso do TARS, o objetivo é que ele execute todo processo de entrega, do vendedor até o cliente final. Com capacidade de 20 a 25 kg, o modelo pode viajar a 40 km/h e, atualmente, está entregando encomendas em um raio de 1-2 km dentro da cidade de Cyberjaya, uma espécie de “Vale do Silício” na Malásia. O investimento e parceria do iFood em soluções elétricas Outro anúncio feito pela marca é que a foodtech passará a utilizar um novo patinete para as operações locais. Os equipamentos foram desenvolvidos em parceria com a Scoo, empresa responsável pelo aluguel do modal, para atender às necessidades dos parceiros entregadores. Com uma estrutura mais resistente, estável e com maior autonomia de bateria, essa nova geração dos aparelhos também conta com reforço no sistema de segurança e sinalização. Segundo o iFood, “para chegar neste novo modelo personalizado, foi realizado um mês de testes, com a participação de entregadores e um engenheiro da Scoo, que veio da China especialmente para desenvolver a patinete, de acordo com as necessidades apontadas pelos parceiros de entrega. A nova geração desse modal possui freio à disco, pneu maciço 8 polegadas, capacidade máxima de 150 kg, além de uma lanterna de LED 1.1W Ultra-Bright (LED).” De acordo com Martins, “depois de uma série de iniciativas com modais elétricos, realizamos pesquisa com os parceiros de entrega e notamos que há uma melhora no dia a dia deles. Essa nova geração de patinetes foi desenvolvida a partir de um trabalho conjunto e do exercício de ouvir e entender as necessidades dos parceiros entregadores. Além disso, ao criar um ecossistema multimodal, conseguimos trazer mais eficiência logística para a operação com a complementaridade de veículos.” A nova geração das patinetes entrará em operação a partir desta semana nas regiões da Avenida Paulista e Itaim Bibi, em São Paulo. Nesta fase inicial, serão 20 equipamentos disponibilizados e, até o final de novembro, outros 130 entram em operação. A previsão é que o número seja expandido nos próximos meses em outras localidades. Os patinetes receberão a marca do iFood e a empresa fará a conexão entre os parceiros de entrega que utilizarão o modal com a sua parceira Scoo, que será responsável pelos pacotes de aluguel diário, semanal e mensal dos equipamentos com planos especiais aos parceiros entregadores. Compartilhe esse artigo: