Categories Tecnologias SociaisPosted on 05/10/202012/05/2022Empresas criam avião que usa CO2 como combustível e supersônico eco sustentável O CO2 talvez seja um dos grandes inimigos invisíveis da nossa era. Governos usam o terrorismo, filosofias políticas da década de 80 e outros “bicho-papões” como alvos, mas esquecemos que a poluição pode acabar com a gente e estamos fazendo pouco contra ela. Se tornarmos nosso planeta um ambiente hostil, onde vamos morar? Onde vamos discutir se a solução política A é melhor do que a B? Onde vamos viver? Se você fizer uma busca rápida por “CO2”, no InovaSocial, verá o quanto já falamos sobre os perigos do dióxido de carbono e soluções de combate à poluição. Temos bactérias que se alimentam de CO2, folhas artificiais que transformam o CO2 em energia e, até mesmo, florestas verticais como solução. Um dos setores que causam impacto neste volume de emissões é a aviação comercial. Atualmente responsável por, aproximadamente, 2% da emissões globais. O problema, segundo Stefan Gössling, professor da Universidade de Lund e coeditor do livro Climate change and aviation: Issues, challenges and solutions (“Mudanças climáticas e aviação: Questões, desafios e soluções”, em tradução livre), “essa é apenas metade da verdade”. Outras emissões da aviação têm efeitos adicionais sobre o aquecimento global: óxido de nitrogênio, vapor dꞌágua, material particulado, trilhas de condensação e alterações das nuvens do tipo cirro também contribuem para esquentar o clima. “A contribuição do setor para o aquecimento global é pelo menos duas vezes maior que o efeito isolado do CO2”, explicou Gössling à DW. Ele estima a impacto total dos voos de avião sobre a mudança climática em “no mínimo” 5%. No hemisfério norte, a Aerion (startup com apoio da Boeing e GE Aviation) e Carbon Engineering (CE – pioneira em captar CO2 diretamente da atmosfera), projetaram um avião que utiliza combustível sintético a base de dióxido de carbono e hidrogênio. Segundo comunicado das empresas, “[as duas empresas] acreditam que podem dar um passo significativo para alcançar seu objetivo comum de construir as redes de transporte de energia limpa do futuro, ajudando a enfrentar o desafio do clima e da energia.” Este não é o primeiro modelo eco sustentável da Aerion, a empresa também vem trabalhado no AS2, um modelo supersônico que deve entrar em operação em 2023, movido a biocombustível e com sistema que minimiza o impacto das ondas sonoras geradas pela viagem supersônica. Se você lembra, a questão relacionada ao som e os impactos ambientais foram os motivos pelo fim do Concorde, o único avião comercial supersônico e operado pela British Airways e Air France, entre 1975 e 2003. Quem sabe, com a Aerion e CE possamos voltar a fazer Paris > Rio de Janeiro em menos de 6 horas, mas sem gerar impactos ambientais tão expressivos quanto foi no passado. Compartilhe esse artigo: