Uma reflexão importante: Existe amor nas grandes cidades?

Uma reflexão importante: Existe amor nas grandes cidades?

Em uma de suas músicas, o rapper e cantor de MPB Criolo canta “Não existe amor em SP”. O videoclipe em preto e branco mostra imagens da maior cidade do continente americano, com seus mais de 11 milhões de habitantes, e nos faz quem que nos perguntemos: Existe amor em SP? Existe amor nas grandes cidades?

Você acorda, se arruma para o trabalho e segue sua rotina silenciosamente. Entra no carro, no ônibus ou no metrô, enfrenta o trânsito, compartilha espaço com pessoas desconhecidas e mantém seus olhos fixos em um ponto aleatório. É estar sozinho mesmo que rodeado de gente.

Viver em grandes cidades pode ser altamente estressante, mas por mais que a rotina em uma metrópole nem sempre nos faça bem, muitas vezes não nos imaginamos vivendo em outro lugar. É como se a correria e a apatia fizessem parte de nós, mesmo que uma pequena e minúscula parte.

A verdade é que, sim, existe amor em essepê, no errejota, em Brasília, em Curitiba… Em todo lugar. O que, muitas vezes, nos faz falta é apenas uma oportunidade para nos expressar. Por isso, é importante trazer para a discussão desse texto um projeto chamado Subway Therapy (Terapia de Metrô, em tradução livre), criado por Matthew “Levee” Chavez, morador de Nova York, que passou meses no metrô conversando com outros moradores de sua cidade.

O projeto começou em 2016, com Levee convidando usuários do metrô a escrever seus sentimentos em um Post-It. Segundo, ele são escritos entre 500 e 1000 bilhetes diariamente e grande parte deles é sobre amor.

“Quando você diz coisas e as coloca no mundo, elas provavelmente voltam para você. Então pessoas escolhem falar sobre amor, sobre estar junto… Para que elas recebam isso de volta,” Diz Matthew. “Subway Therapy é sobre sentir menos stress. É sobre dar às pessoas a oportunidade de se expressar. Eu percebi que as pessoas se sentem como se não estivessem sozinhas. E isso faz com que elas sintam que sua voz está sendo ouvida, faz com que elas se sintam parte de uma comunidade. E nós somos. Somos parte de uma comunidade mundial.”

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