Categories Soluções de ImpactoPosted on 03/04/202304/04/2023Plataforma ClimaAdapt ajuda o Brasil em metas globais de adaptação à mudança climática Nesta segunda-feira (3), o Brasil deu um importante passo na mitigação e adaptação às mudanças climáticas com o lançamento da Plataforma ClimaAdapt na Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), em Brasília, desenvolvida a partir de uma colaboração entre o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e a Microsoft do Brasil. A iniciativa – apoiada pela Elo Group, que colaborou no desenvolvimento e implementação da solução – resultou em uma plataforma 100% automatizada. A ClimaAdapt utiliza dados públicos disponíveis em órgãos relacionados à agenda de mudanças climáticas. A partir dessas informações, a plataforma exibe um mapa preciso em até 100 metros, identificando vulnerabilidades específicas das regiões brasileiras a eventos climáticos extremos. Trata-se de um sistema extremamente inovador, simples, intuitivo e visual, que permite a análise da vulnerabilidade de todo o território brasileiro e seus habitantes aos eventos climáticos extremos ocasionados em decorrência das mudanças do clima. São classificadas como vulnerabilidades as características específicas ambientais, sociais e climáticas de um terreno que fazem com que ele seja mais suscetível ou não aos impactos adversos do clima. “Entender a vulnerabilidade às mudanças do clima é importante para compreendermos melhor os riscos que a população está exposta quando há ocorrência de chuvas extremas, depressões tropicais, ciclones extratropicais, secas severas e outros eventos climáticos extremos e assim desenvolvermos uma resiliência climática”, destaca o ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. “A compreensão do risco e da vulnerabilidade ajuda a nos adaptarmos às mudanças no clima, que já estão acontecendo e sendo recorrentes, ajudando assim a direcionar melhor os recursos públicos e as ações e programas no sentido de prevenir e mitigar os impactos extremos das mudanças do clima”, completa. O ClimaAdapt incorpora, até o momento, 15 camadas de informações que podem ser analisadas individualmente ou em conjunto. O modelo final contempla a sobreposição de camadas de vulnerabilidades específicas, como tipos de solos, declividade do terreno, PIB per capita e IDH, entre outras informações. Além disso, a ferramenta permite a futura inclusão de novas camadas, além da atualização das já existentes. A plataforma traz também dois modelos específicos, sendo um para o aumento do nível do mar em decorrência das mudanças do clima e outro para identificar trechos críticos de rodovias federais e estaduais para alagamentos e deslizamentos de encostas com alta declividade. Além do mapa interativo, no qual é possível aplicar efeitos de transparência às camadas selecionadas e identificar os pontos de maior vulnerabilidade específica, é possível analisar os dados técnicos por meio da ferramenta de PowerBI, em que podem ser gerados relatórios sobre as vulnerabilidades. Leia também: O colapso da “Geleira do Apocalipse” e seus efeitos no nível do mar “É uma ferramenta essencial para que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios brasileiros possam justificar e solicitar investimentos de fundos internacionais para a adaptação às mudanças do clima e redução de vulnerabilidades, como, por exemplo, o Fundo de Adaptação (em inglês, Adaptation Fund) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (em inglês UNFCC) ou o futuro fundo de Perdas e Danos (em inglês, Loss and Damage) do Acordo de Paris sob o mesmo guarda-chuvas da UNFCCC”, destaca Paulo Alexandre de Toledo Alves, diretor de Parcerias com o Setor Privado do MIDR. Nas últimas Conferências das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, foi observado um crescimento significativo da preocupação com a agenda de adaptação. Porém, pouco se evoluiu tecnicamente em relação a modelos mais abrangentes, metas de adaptação ou até mesmo nas definições sobre eventos climáticos extremos relacionados às mudanças do clima. Isso torna a Plataforma ClimaAdapt ainda mais essencial, uma vez que abre o caminho para a discussão da necessidade de fomento e análise das vulnerabilidades, visando o atendimento daqueles que mais precisam. A Plataforma ClimaAdapt está hospedada inicialmente no site do MIDR. Porém, se trata de uma iniciativa técnica de Governo, visando atendimento à Política Nacional sobre a Mudança do Clima e apoio na implementação da UNFCCC e do acordo de Paris, o que ensejará uma estrutura de governança em estudo junto ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e à Casa Civil da Presidência da República. A estrutura de governança poderá aportar subsídios técnicos à plataforma e somará esforços para melhoria e amadurecimento da metodologia, incluindo, futuramente, as eventuais medidas adaptativas necessárias para a redução das vulnerabilidades identificadas. As medidas adaptativas visam contribuir para a redução das vulnerabilidades dos sistemas naturais, humanos, produtivos e de infraestruturas, às variações climáticas extremas correlacionadas ou não às mudanças do clima, e para o desenvolvimento regional sustentável a médio e longo prazo, de forma a aproveitar as oportunidades emergentes e evitar perdas e danos. “Na Microsoft, acreditamos que temos um papel relevante a desempenhar na defesa da sustentabilidade ambiental. O lançamento da ClimaAdapt, uma plataforma totalmente automatizada e que identifica vulnerabilidades relacionadas a eventos climáticos extremos em diferentes regiões do País, representa uma importante oportunidade de usarmos a nossa tecnologia para apoiar o desenvolvimento de soluções que impactem positivamente o planeta e a sociedade”, destaca a presidente da Microsoft Brasil, Tânia Cosentino. Para saber mais e acessar a plataforma, clique aqui. Compartilhe esse artigo: