LEGO pretende obter metade de seu plástico de materiais renováveis até 2026

LEGO pretende obter metade de seu plástico de materiais renováveis até 2026

A LEGO, uma das marcas mais icônicas da indústria de brinquedos, está adotando medidas concretas para reduzir seu impacto ambiental. Em um movimento que reflete a crescente preocupação global com a sustentabilidade, a empresa anunciou a meta de obter 50% de seus plásticos a partir de materiais renováveis ou reciclados até 2026, conforme divulgado pelo The Guardian.

Atualmente, a maior parte dos blocos LEGO é produzida com plástico à base de petróleo, um material amplamente utilizado devido ao seu baixo custo, mas que gera grandes preocupações ambientais. A transição para plásticos renováveis, como resinas certificadas, é uma alternativa mais sustentável, embora o processo produtivo seja significativamente mais caro – chegando a custar até 70% a mais. Esses plásticos podem ser originados de materiais reciclados, como óleo de cozinha usado, ou de fontes renováveis.

Uma das ferramentas empregadas pela LEGO para atingir essa meta é o método de rastreamento de cadeia de suprimentos chamado mass balance. Essa técnica permite acompanhar a origem dos materiais, ajudando a empresa a monitorar o uso de fontes sustentáveis.

De acordo com relatórios da própria companhia, no primeiro semestre de 2024, 30% das resinas adquiridas já eram certificadas pelo sistema mass balance. Isso significa que, em média, 22% dos materiais utilizados na fabricação dos brinquedos da LEGO nesse período eram provenientes de fontes renováveis ou recicladas, uma melhoria em relação aos 12% alcançados em 2023.

Contudo, essa abordagem não está isenta de críticas. Especialistas alertam que, embora uma parte significativa dos materiais da LEGO seja rastreada como renovável, isso não garante que cada peça individual de um conjunto de brinquedos seja feita com plástico sustentável.

Sob as diretrizes da certificação ISCC (International Sustainability & Carbon Certification), os produtos ainda podem ser rotulados como “renováveis”, o que pode gerar confusão entre os consumidores sobre a real composição de cada item.

O mass balance faz parte de uma estratégia mais ampla da LEGO para se tornar uma empresa mais sustentável. Outro pilar dessa iniciativa envolve a implementação de um programa voltado para a redução das emissões de gases de efeito estufa. A empresa pretende incentivar seus fornecedores a estabelecer metas de redução de emissões nos próximos anos, com objetivos claros e mensuráveis para garantir o progresso contínuo.

Essa não é a primeira vez que a LEGO investe em inovação sustentável. Em 2021, a LEGO testou blocos de garrafas PET recicladas, mas descontinuou o projeto após descobrir que o processo aumentava as emissões de carbono e comprometia a qualidade dos blocos. Além disso, a produção exigiria novos maquinários, ampliando o impacto ambiental.

A jornada para a sustentabilidade é, sem dúvida, complexa, repleta de desafios tecnológicos e econômicos que a LEGO parece disposta a enfrentar nos próximos anos. Saiba mais sobre outras soluções de Inovação Social realizadas pela empresa que já passaram pelo InovaSocial clicando aqui.


Créditos: Imagem Destaque – Marcia Nakagawa/Shutterstock

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