Categories Soluções de ImpactoPosted on 05/06/201814/09/2018Por que as crianças holandesas são as mais felizes do mundo? As crianças holandesas são as crianças mais felizes no mundo inteiro, de acordo com a Unicef. Em segundo e terceiro lugares estão Noruega e Islândia, em uma lista de 29 países. Os três últimos são Lituânia, Letônia e Romênia – esses países também são os três mais pobres da lista da Unicef. Mas a questão aqui é: por que as crianças holandesas são as mais felizes do mundo? Segundo uma mãe americana e uma mãe britânica, que são casadas com holandeses e vivem na Holanda, tudo isso tem a ver com aspectos ligados a estilo de vida e parentalidade. Em um artigo no The Telegraph, Rina Mae Acosta e Michele Hutchison listaram as diferenças entre a vida das crianças holandesas e a vida das crianças de seus países de origem As diferenças podem ser surpreendentes, mas, uma vez que tomamos conhecimento delas, fica óbvia a visão de como elas podem fazer a diferença, beneficiando a vida das crianças. Primeiramente, a escola não é algo que causa grande impacto em suas rotinas. As crianças não têm lição de casa, não fazem provas intermináveis e também não necessariamente começam a aprender a ler e a escrever ou a fazer contas antes dos 6 anos de idade. Assim, elas passam seus primeiros anos na escola apenas sendo crianças. De qualquer forma, se elas mostrarem algum interesse em matemática ou leitura, elas recebem os materiais necessários para explorar essas novas habilidades sozinhas. “Na Holanda,” Rina e Michele escrevem, “as crianças gostam de ir para a escola. As crianças holandesas estão entre as menos propensas a se sentirem pressionadas pelos trabalhos escolares e consideram que seus colegas de sala são amigáveis e prestativos.” Fora da escola, os pais também são menos exigentes – tanto com relação a eles mesmos, quanto com os filhos. “Por serem mais tolerantes com suas próprias imperfeições e pequenas falhas, eles aproveitam mais a maternidade e a paternidade,” elas dizem. Isso significa que as crianças também não precisam lidar com a pressão causada por pais competitivos e, assim, são muito mais felizes. Crianças holandesas também são mais independentes. Segundo Rina e Michele, as mães holandesas não fazem pelos filhos coisas que eles são capazes de fazer sozinhos, fazendo com que os pais possam passar mais tempos juntos, o que, mais uma vez, deixa todos muito mais tranquilos. Pais e mães também dividem igualmente o cuidado com os filhos. “Na Holanda, você irá ver a mesma quantidade de pais e mães empurrando carrinhos de bebê,” dizem as autoras. A disciplina é outra área onde as coisas são diferentes. As crianças não são punidas. Elas são ensinadas a se comportar adequadamente em situações sociais, mas não se espera que elas sejam obedientes o tempo todo. Isso faz com que elas ajam mais como os adultos. De fato, segundo Rina e Michele, as crianças tratadas dessa forma têm menos probabilidade de serem intencionalmente desobedientes. Ainda assim, elas vão se defender e expor seus pontos de vista, se assim quiserem. Outra grande diferença é que as crianças são autorizadas a sair de casa e seguir suas atividades. Elas pedalam até a escola em dias de chuva, brincam na rua sem supervisão, aprendendo a serem independentes e a não se intimidarem pelo clima ruim. Obviamente, o conjunto de fatores que faz com que crianças holandesas sejam as crianças mais felizes do mundo engloba muitos outros aspectos (se quiser saber mais, leia o artigo completo aqui – em inglês), mas a essência é que as crianças devem ser crianças. Nós devemos ajudá-las quando necessário, mas elas não precisam ser tratadas como bebês quando não precisam de ajuda. Devemos deixá-las brincar, ao invés de doutriná-las para trabalhar longas horas com o dever de casa. Elas devem ter independência, aos mesmo tempo que pais e mães não devem se sentir culpados por terem suas próprias vidas, como adultos que são. Assim, essa parece ser uma ótima forma de não só criar crianças, mas também de produzir adultos felizes e equilibrados. Para ler o artigo completo, clique aqui. Gostou do texto e quer fazer parte da nossa comunidade? Envie uma sugestão de pauta, um texto autoral ou críticas sobre o conteúdo para [email protected]. Compartilhe esse artigo: