Categories FilantropiaPosted on 23/04/202524/04/2025Joyce, Sumithi e o primeiro vídeo do YouTube: uma história de silêncio e resistência O que você vai descobrir a seguir: • A verdadeira história por trás do primeiro vídeo postado no YouTube. • Como os elefantes do zoológico, presentes no vídeo original, ganham voz pela primeira vez. • A luta atual por dignidade e liberdade para elefantes em cativeiro nos EUA. Em 23 de abril de 2005*, um jovem chamado Jawed Karim postava um vídeo de 19 segundos em um novo site chamado YouTube. Nele, vemos o próprio Jawed em frente a uma jaula de elefantes, em um zoológico de San Diego (Califórnia, EUA), comentando casualmente sobre o “nariz grande” dos animais. A filmagem é crua, sem edição, e, de certa forma, até banal. Mas ali, naquele momento, nascia uma revolução na forma como compartilhamos vídeos e histórias. Com 2,53 bilhões de usuários mensais atualmente, o YouTube é uma das maiores janelas do planeta. E “Me at the Zoo” se tornou um artefato da cultura digital. Mas… E se disséssemos que nunca ouvimos a história completa? Duas décadas depois, o foco finalmente muda de perspectiva. Entra em cena Sumithi, uma elefanta asiática que aparece em segundo plano no famoso vídeo. Hoje, através do olhar da World Animal Protection, Sumithi e seus companheiros têm a chance de contar sua própria versão da história, no novo vídeo “Us Still at the Zoo”, feito com tecnologia de inteligência artificial. Diferente do mundo que avançou nos últimos 20 anos – de redes sociais a carros autônomos –, a vida de Sumithi permaneceu congelada no tempo. Passou 48 anos em cativeiro. E morreu ali. Entre grades. A mesma situação que vive, hoje, Joyce. Joyce é uma elefanta africana que chegou aos EUA nos anos 1980, após um massacre autorizado pelo governo do Zimbábue, que matou centenas de elefantes adultos. Depois de uma vida marcada por espetáculos forçados, mudanças constantes de ambiente e longos períodos de isolamento, ela continua à espera de uma chance real de liberdade. E não está sozinha: outros quatro elefantes dividem com ela essa mesma realidade no Six Flags, em Nova Jersey. “Elefantes não estão aqui para entreter audiências. Eles são inteligentes, sociais e dinâmicos, e merecem vagar livres, não viver confinados em pequenos espaços. Seja tirado da natureza ou nascido em cativeiro, o elefante sofre profundamente quando lhe é negada uma vida natural. Não podemos permitir mais 20 anos dessa crueldade,”diz Cameron Harsh, diretor de programas da World Animal Protection U.S. Sumithi não teve essa oportunidade, sua história terminou atrás das grades. Mas Joyce ainda tem tempo. E é por ela, e pelos outros que seguem privados de uma vida natural, que cresce a mobilização. A campanha da World Animal Protection visa pôr fim à exibição desses animais no parque e garantir sua transferência para santuários respeitados. E esse esforço precisa de aliados: o seu apoio pode ser a diferença entre mais anos de confinamento ou um novo começo, sob o céu aberto e cercado de verde. Quer ajudar? Assine a petição em freejoyce.org e compartilhe essa causa. Us Still At the Zoo | World Animal Protection US *Nota do editor: Para os brasileiros, o YouTube mostra o vídeo publicado no dia 24 de abril de 2005, pois quando foi publicado, o fuso horário já passava da 00h por aqui (20:27 horário de verão do Pacífico – PDT). Compartilhe esse artigo: