Categories Soluções de ImpactoPosted on 17/09/202517/09/2025Holanda quer inverter consumo de proteínas: mais vegetais, menos carne O que você vai descobrir a seguir: • Como supermercados holandeses estão mudando suas prateleiras para reduzir o consumo de carne. • Por que saúde pública, meio ambiente e bem-estar animal são os principais motores dessa mudança. • As metas do país para transformar a dieta da população até 2030. Na Holanda, até a ida ao supermercado virou um convite para repensar hábitos. Não se trata apenas de escolher entre carne moída ou peito de frango. As gôndolas agora sugerem uma transição silenciosa: trocar parte da proteína animal por opções vegetais. Esse movimento já ganha corpo com ações práticas, como o fim de descontos em carnes frescas, a paridade de preços entre versões animais e vegetais e até a forma como os produtos são organizados nas prateleiras. Pequenas mudanças que, juntas, começam a reconfigurar o carrinho de compras. Chamado de “protein split” (divisão de proteínas), o plano tem metas claras. Atualmente, cerca de 60% das proteínas vendidas vêm de origem animal e 40% de vegetais. A meta é virar esse cenário até 2030: 60% vegetais contra 40% animais. Grandes redes como Jumbo, Lidl, Aldi e Ekoplaza já se comprometeram publicamente com essa transformação. Os resultados iniciais chamam atenção. Só na Jumbo, as alternativas vegetais tiveram alta de 15% nas vendas, enquanto a carne convencional caiu 3% em um ano. Por que a Holanda está tão determinada nessa transição? Entre exportações milionárias de carne e laticínios e os impactos ambientais da pecuária intensiva, a Holanda enfrenta um dilema que não pode mais ser ignorado: a poluição por nitrogênio virou problema nacional e se soma a alertas crescentes sobre doenças cardiovasculares e o peso ambiental do consumo elevado de carne. Diante desse cenário, o governo estabeleceu a meta de chegar a 50% de consumo de proteínas vegetais até 2030. O detalhe é que supermercados, sociedade civil e Estado parecem caminhar na mesma direção, criando um ambiente favorável para que a mudança aconteça. O que está em jogo não é apenas a dieta de um país, mas um novo modelo de futuro alimentar. E, ao apostar em mais vegetais e menos carne, a Holanda mostra como escolhas feitas no cotidiano podem abrir caminho para soluções globais. Compartilhe esse artigo: