A partir de 2027, todas as casas novas na Inglaterra deverão ter energia solar

O que você vai ler a seguir:

• • A Inglaterra vai exigir, a partir de 2027, que todas as novas casas sejam construídas com painéis solares, como parte de um plano para zerar as emissões do setor elétrico até 2030.
• • A medida faz parte de um pacote maior que inclui a construção de 1,5 milhão de residências e busca transformar o padrão habitacional em direção à sustentabilidade.
• • O avanço global da energia solar, que em 2024 representou 81% das novas fontes renováveis instaladas, reforça o protagonismo dessa tecnologia na transição energética.

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E se sua casa, desde a planta, fosse pensada para produzir a própria energia, usando apenas o sol? Esse futuro está mais próximo do que parece – pelo menos na Inglaterra. O plano é direto: a partir de 2027, todas as novas casas na Inglaterra deverão sair do papel com painéis solares no telhado.

A proposta, revelada pelo jornal britânico The Times, faz parte de um plano ambicioso do governo liderado por Keir Starmer. O pacote engloba dois grandes objetivos: a construção de 1,5 milhão de novas casas até o fim da legislatura atual e a descarbonização total da rede elétrica inglesa até 2030.

A aposta é audaciosa, mas não isolada. O ano de 2024 foi decisivo para a energia solar no planeta. Dados da Solar Power Europe mostram que o mundo adicionou quase 600 gigawatts de capacidade solar em apenas um ano – um salto de 33% em relação a 2023. E mais: essa fonte respondeu por impressionantes 81% de toda a energia renovável nova no mundo. Ou seja, o sol, que sempre foi fonte de vida, agora também se consolida como vetor central da transição energética global.

Para além das estatísticas, a iniciativa britânica reflete uma mudança de mentalidade. Não se trata apenas de cortar emissões ou seguir protocolos ambientais. A integração da energia solar ao setor imobiliário é, também, uma forma de democratizar o acesso à energia limpa. Quando isso vira norma de construção, o impacto vai além da conta de luz – mexe com infraestrutura, geração de empregos, inovação tecnológica e, claro, sustentabilidade.

Especialistas apontam que essa mudança poderá tornar as casas do futuro não apenas mais verdes, mas também mais autônomas. E com a queda no custo dos equipamentos solares ao longo dos anos, essa transição tende a ser cada vez mais viável economicamente.

No fim das contas, o plano da Inglaterra é uma resposta pragmática aos desafios climáticos do século XXI. Enquanto parte do mundo ainda hesita, os britânicos estão transformando o teto das casas em símbolo de uma nova era energética. Uma escolha que, além de iluminar residências, pode muito bem inspirar o resto do mundo.

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Créditos: Imagem Destaque – Marcin Rogozinski/Shutterstock