Categories Tecnologias SociaisPosted on 25/04/2025Do concreto ao café: Starbucks imprime sua primeira loja 3D O que você vai descobrir a seguir: • Uma nova unidade da Starbucks foi construída inteiramente com impressão 3D. • A técnica, abordada pelo InovaSocial desde sua criação, começa a transformar o setor da construção. • Brownsville, no Texas, se consolida como vitrine para experimentações arquitetônicas inovadoras. Nos Estados Unidos, o drive-thru é quase uma instituição; especialmente no Texas, onde a cultura do automóvel molda desde o desenho das cidades até a forma como se consome café. Não por acaso, foi ali, em Brownsville, que a Starbucks escolheu abrir sua primeira loja construída com impressão 3D: uma unidade feita exclusivamente para pedidos rápidos, no carro ou pelo celular. É exatamente isso: um café impresso. A nova unidade, construída em parceria com a alemã Peri 3D Construction, foi moldada camada por camada, usando concreto como “tinta” em uma impressora gigante. Um prédio de 1.400 pés quadrados (cerca de 130 metros quadrados) pensado exclusivamente para pedidos rápidos e práticos: drive-thru e retirada no balcão. Com inauguração marcada para 28 de abril, a estrutura já chama atenção com seu visual futurista: as paredes de concreto revelam as marcas do processo de impressão, como se a tecnologia fizesse questão de deixar sua assinatura. Mas este projeto é mais do que uma vitrine de inovação: ele reflete uma tendência que o InovaSocial acompanha desde seu início, quando começamos a observar os primeiros usos da impressão 3D na construção. Essa tecnologia, que já ajudou a erguer casas populares, estações ferroviárias e até hotéis, promete transformar radicalmente a maneira como construímos. Mais sustentável, mais rápida e, com o tempo, mais barata. Localizada na 2491 Boca Chica Boulevard, essa unidade representa um avanço concreto na busca da Starbucks por soluções construtivas mais eficientes. Aliás, apesar do custo da nova loja ter sido de US$ 1,198 milhão (um pouco acima do esperado para o porte do projeto), a tendência é que os valores diminuam à medida que a técnica se populariza, como mostram experiências em outras cidades texanas. Em tempos de inflação alta e escassez de mão de obra qualificada, imprimir prédios diretamente no canteiro de obras surge como uma solução prática e ousada. E o Texas, que já abraçou outras inovações como a impressão de bairros inteiros em 3D, reafirma sua posição como polo de experimentação nesse novo capítulo da arquitetura. Ainda não sabemos se, no futuro, todas as lojas, casas e escritórios sairão de uma impressora gigante. Mas com projetos como este, fica claro: o futuro do concreto já começou a ser impresso – e, como sempre, começa onde o café é indispensável. Compartilhe esse artigo: