Desafios, avanços e oportunidades: o papel do OBIA no cenário da IA brasileira

O que você vai descobrir a seguir:

• • Como o Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial (OBIA) monitora o avanço da IA no país.
• • Os desafios do Brasil em infraestrutura, capacitação e retenção de talentos no setor.
• • O impacto da IA em áreas-chave como saúde, educação e mercado de trabalho.

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No episódio #138 do podcast do InovaSocial, Tuca Reali, gerente do Observatório Brasileiro de Inteligência Artificial (OBIA), nos convida a mergulhar no universo da IA e suas transformações na sociedade brasileira. Em um papo descontraído e informativo, Tuca compartilha sua trajetória, que passa pelos primórdios da internet discada até o papel crucial que ocupa hoje, coordenando o OBIA — uma iniciativa criada para entender e monitorar o avanço da inteligência artificial no Brasil.

Mas por que precisamos de um observatório para IA? A resposta é simples e complexa ao mesmo tempo: governança. Para gerir e planejar políticas públicas eficazes em torno da inteligência artificial, é essencial ter dados concretos e atualizados. É aí que entra o OBIA, mapeando o uso da IA em setores estratégicos como saúde, educação e mercado de trabalho, e apontando onde estamos e para onde podemos ir.

O Brasil, nesse contexto, está em uma encruzilhada. Apesar de ser um dos destaques em produção científica sobre IA na América Latina, o país ainda enfrenta desafios significativos – desde questões estruturais, como a conectividade significativa (apenas 30% da população faz um uso efetivo da internet), até problemas mais complexos, como a fuga de talentos para o exterior. Tuca ressalta que, sem investimento em capacitação e retenção de profissionais qualificados, o Brasil corre o risco de ficar para trás em uma corrida global que não dá sinais de desaceleração.

Também exploramos, no episódio, os impactos da IA em setores essenciais. Na saúde, por exemplo, a IA pode otimizar diagnósticos e democratizar o acesso a tratamentos mais precisos. Na educação, o potencial vai além dos medos comuns – como alunos usando IA para fazer trabalhos – e aponta para soluções personalizadas de aprendizado, oferecendo um “coach” digital individualizado para milhões de estudantes. Já no mercado de trabalho, o debate é mais delicado: a IA pode tanto impulsionar a produtividade quanto ameaçar empregos tradicionais, criando um cenário onde regulação e políticas públicas serão cruciais.

Durante a conversa, Tuca revela planos ambiciosos para os próximos anos: consolidar o observatório como a principal referência sobre IA no Brasil, criar repositórios acessíveis de documentos e análises sobre o tema, promover seminários, expandir a base de indicadores e, claro, seguir fomentando discussões sobre ética, privacidade e desinformação – desafios centrais quando se fala em inteligência artificial.

Quer entender mais sobre o papel do OBIA e as perspectivas para o futuro da IA no Brasil? Aperte o play e mergulhe nessa conversa essencial para o presente (e o futuro) tecnológico do país.