Energia solar no “Minha Casa, Minha Vida” pode gerar economia e sustentabilidade, segundo estudo

Energia solar no “Minha Casa, Minha Vida” pode gerar economia e sustentabilidade, segundo estudo

Inserir energia solar fotovoltaica no programa “Minha Casa, Minha Vida” tem potencial de trazer uma significativa economia ao Brasil. De acordo com estudos da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) e da Revolusolar, ONG focada em soluções fotovoltaicas para comunidades de baixa renda, a iniciativa poderia diminuir os subsídios da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em até R$ 670 milhões por ano, já em 2023.

Esses subsídios são divididos entre todos os consumidores de energia elétrica do país, o que significa que a implementação de energia solar no programa habitacional não somente beneficiaria os moradores das casas populares, mas também todos os demais consumidores, graças à redução dos custos da CDE.

“Com a geração solar de eletricidade no telhado das casas populares, haverá menos energia elétrica consumida da rede a ser paga pelos demais consumidores do setor elétrico,” explica Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR.

No entanto, há um debate e algumas confusões de conceitos sobre a inclusão da energia solar fotovoltaica no programa. ABSOLAR e Revolusolar estão trabalhando para esclarecer este tema ao Governo Federal, enfatizando que a questão atual é sobre a geração de eletricidade limpa e renovável para aliviar a conta de luz dos moradores do programa habitacional – não se confundindo com os aquecedores solares para banho, já implementados desde 2009.

A adoção desta tecnologia no programa habitacional carrega consigo a promessa de promover justiça social e acelerar a transição energética no Brasil. “Cada real economizado com a conta de luz no final do mês é um real a mais no bolso da população de baixa renda”, ressalta Sauaia, realçando o impacto social, fortalecimento da economia local e a promoção da sustentabilidade.

A proposta para geração de energia, conforme apresentada pela ABSOLAR, sugere um ajuste nos sistemas fotovoltaicos para diminuir as contas de luz em até 85%, sem a necessidade de produzir energia além da demanda. Essa estratégia evita o aumento de custos do programa habitacional e maximiza seu impacto social.

Desta forma, a inserção da energia solar no programa “Minha Casa, Minha Vida” não trará apenas benefícios econômicos, como economia na conta de luz e fortalecimento da economia local, mas também tem o potencial de acelerar a transição para fontes de energia renováveis, contribuir para a redução de impactos ambientais e conscientizar a população sobre a importância de práticas sustentáveis.

Diante desses benefícios, vale refletir: não seria este o momento ideal para ampliar o acesso a fontes de energia limpa e renováveis para todos os brasileiros, independentemente de sua faixa de renda? Como podemos, juntos, promover uma transição energética que não apenas beneficie o meio ambiente, mas também traga justiça social e econômica a todos os brasileiros?


Créditos: Imagem Destaque – Kitreel/Shutterstock

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