Categories Inova+Posted on 14/06/202215/06/2022Regenera América: Mais de R$ 90 milhões para conservação de biomas Na última quinta-feira (09), o Mercado Livre anunciou que investirá US$ 18 milhões em projetos de regeneração e conservação de biomas na América Latina. O valor faz parte das iniciativas da empresa para mitigar os impactos ambientais a partir do seu programa Regenera América. Criado em 2021 com investimento inicial de US$ 8 milhões, o projeto é a principal iniciativa para compensar a pegada ambiental do Mercado Livre e todo o investimento é proporcional ao impacto das emissões de carbono nas entregas realizadas pela companhia. Leia também: Você sabe qual é sua pegada de carbono? Na primeira fase, o programa focou em dois projetos na Mata Atlântica — o “Conservador da Mantiqueira”, liderado pela The Nature Conservancy (TNC) e o Corredores de Vida, implementado pelo Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) — e agora receberá um aporte adicional de US$ 10 milhões para novos projetos e ampliação de projetos já implementados. Nesta nova rodada, foram selecionados mais quatro projetos no Brasil, sendo três na Mata Atlântica e um na Amazônia; e um no México. A expectativa é de que os projetos possam gerar créditos de carbono para a empresa no futuro. Os dois projetos de restauração da Mata Atlântica apoiados pelo Mercado Livre no ano passado receberam R$ 39 milhões e irão regenerar uma área de mais de 2,9 mil hectares. Juntos, os projetos receberão 7 milhões de árvores e a expectativa é que, ao longo de 25 anos, irão sequestrar mais de 700 mil toneladas de carbono. Segundo Pedro Arnt, diretor financeiro da empresa, “o rápido crescimento do Mercado Livre na América Latina aumenta a responsabilidade e os desafios em relação ao impacto de nossas operações. Pensando nisso, adotamos as seguintes medidas para reforçar nosso compromisso de gerar um impacto socioambiental positivo nas regiões onde atuamos: medir e relatar nossa pegada de carbono; usar fontes de energia renovável em nossos Centros de Armazenamento e escritórios; expandir nossa frota de carros elétricos; implementar processos de gestão de circularidade de materiais; e apoiar projetos com impacto ambiental e social que financiamos com os recursos de US$ 400 milhões título sustentável anunciado em 2020.” Veja também: Podcast #84 — NFT e o impacto ambiental Arnt completa, “o Regenera América faz parte da estratégia global de ESG do Mercado Livre. A cada ano, investiremos um valor proporcional à nossa pegada de carbono em iniciativas de regeneração e conservação que contribuam para o combate às mudanças climáticas e gerem novos créditos de carbono”, conclui. Nesta nova fase do Regenera América, parte do investimento irá novamente para o projeto “Corredores de Vida”, em São Paulo, para a restauração de mais 50 hectares de Mata Atlântica, com o plantio de mais de 100 mil plantas nativas. Já no Rio de Janeiro, a iniciativa do Instituto Terra de Preservação Ambiental (ITPA) receberá investimentos para a criação de um corredor ecológico de 100 km, ligando a Reserva Biológica do Tinguá e o Parque Nacional da Serra da Bocaina. Também receberão investimentos o projeto “Corredor Pau Brasil”, da ONG Natureza Bela, para a recuperação de 70 hectares de Mata Atlântica na Bahia. O corredor receberá 116 mil mudas de árvores, incluindo espécies endêmicas e ameaçadas, integrando dois parques nacionais: o Parque Nacional do Monte Pascoal e o Parque Nacional do Pau Brasil. Por fim, no Amazonas, o programa vai apoiar a ONG Idesam no desenvolvimento de projetos de agrofloresta junto a 30 produtores familiares de café em Apuí. No México, a iniciativa vai apoiar a restauração de um aquífero, no estado de Hidalgo, com o plantio de 120 mil plantas nativas. Todos os projetos do Regenera América são monitorados pela Pachama, startup que utiliza dados gerados por satélite e inteligência artificial na gestão de ecossistemas — monitoramento que vai apoiar a emissão de créditos de carbono. Ouça abaixo nosso podcast sobre créditos de carbono, onde conversamos com Luis Felipe Adaime, CEO e fundador da Moss, sobre este tipo de iniciativa e os seus impactos no meio ambiente: Imagem Destaque: Markus Spiske/Pexels Compartilhe esse artigo: