Categories Tecnologias SociaisPosted on 06/05/202023/05/2022Dispositivo wearable identifica sintomas da Covid-19 em tempo real Sabemos que a pandemia tem gerado uma sobrecarga de informações ruins e, consequentemente, um cansaço mental que talvez nunca havíamos sentido antes. Por isso, desde que começamos a falar sobre o coronavírus no InovaSocial, mudamos a abordagem algumas vezes. Lá no início, quando ainda era uma doença que ensaiava impactar apenas o mercado chinês, nós publicamos o texto “China em 2020: Novo Coronavírus, economia em baixa e tendências em tecnologia”. Com o passar do tempo, e as mudanças de cenário, optamos por deixar as notícias ruins para os veículos tradicionais e buscamos abordar as boas notícias. No mês passado, publicamos o texto “Guerra contra o Covid-19: Herança positiva pós pandemia”, onde falamos sobre a herança positiva que esta “guerra” nos deixará. Inegavelmente, um dos pontos positivos é a evolução acelerada da medicina. Atualmente, por exemplo, já se fala na criação de uma vacina em tempo recorde. Outra novidade, ainda em fase de testes, é a criação de um wearable (dispositivo vestível) capaz de monitorar a presença de sintomas da nova doença. Pesquisadores da Northwestern University e da Shirley Ryan AbilityLab, em Chicago, desenvolveram um novo dispositivo vestível e estão trabalhando para aprimorar um conjunto de algoritmos, especificamente adaptados, para detectar sinais e sintomas precoces associados a Covid-19 e monitorar pacientes à medida que a doença progride. Capaz de ser usado 24 horas por dia, sete dias por semana, o dispositivo produz fluxos contínuos de dados e usa inteligência artificial para descobrir informações sutis, mas muito importantes. O dispositivo é capaz de medir e interpretar continuamente tosse e atividade respiratória de forma mais eficaz do que os sistemas de monitoramento tradicionais. Do tamanho de um selo postal, o dispositivo é fino, flexível, sem fio e fica logo abaixo do entalhe supraesternal — região abaixo da garganta. Nesse local, o dispositivo monitora a intensidade e os padrões de tosse, os movimentos da parede torácica (que indicam respiração difícil ou irregular), sons respiratórios, freqüência cardíaca e temperatura corporal, incluindo febre. A partir daí, ele transmite sem fio os dados para uma nuvem criptografada, onde algoritmos automatizados produzem resumos e gráficos personalizados para facilitar rápido monitoramento remoto. “Esses sensores têm o potencial de apresentar informações que protegerão os médicos e pacientes da linha de frente, informando quando há necessidade de intervenções para reduzir o risco de transmissão e aumentar a probabilidade de melhores resultados”, afirma Arun Jayaraman, cientista da Shirley Ryan AbilityLab. “Ter a capacidade de monitorar a nós mesmos e nossos paciente, e ser alertado sobre mudanças em tempo real, dará aos médicos uma nova e importante ferramenta na luta contra o Covid-19″, completa o Dr. Mark Huang, médico da Shirley Ryan AbilityLab e parte do grupo de testes que já usou o sensor. Outra que já usou o dispositivo foi Kelly McKenzie. Diagnosticada com o novo coronavírus, McKenzie se juntou ao estudo piloto para testar o dispositivo e treinar o algoritmo com seus sintomas. Depois de usar o sensor 24 horas por dia, afirma que ficou impressionada com o conforto do material de silicone e a facilidade de uso. “Os usuários simplesmente carregam o dispositivo, colocam na região do pescoço e ele imediatamente começa a funcionar, transmitindo dados em tempo real para um smartphone ou tablet”, afirma McKenzie. “Quando você o coloca pela primeira vez, pode sentir apenas porque é algo novo e diferente, mas depois de usá-lo por um tempo, você nem percebe”, completa. Apesar do novo dispositivo ter foco no atual surto, é inegável que ele pode ser utilizado para inúmeros tratamentos e ainda será muito explorado. Compartilhe esse artigo: