Categories Tecnologias SociaisPosted on 04/04/201925/05/2022Lutando contra a poluição: Como a Electrolux criou um ecossistema com design de serviços e IoT Poluição é uma questão que envolve todos nós. Seja setor público ou como indivíduo, todos temos uma parte de responsabilidade. No último domingo (31), o Fantástico mostrou Ulã Bator, a capital mais fria do planeta e também a mais poluída. Localizada da Mongólia, a região – com pouco mais de 800 mil habitantes – não possui gás encanado e a maioria dos moradores tem que queimar carvão durante o inverno rigoroso, fazendo com que os níveis de poluição do ar superem cidades como Cairo (19.5 milhões de habitantes) e Delhi (19.9 milhões). Estas duas, segundo o The Eco Experts, lideram o ranking de cidades mais poluídas do mundo quando contabilizado poluição do ar, poluição luminosa e sonora. Quase 6 mil quilômetros de distância de Ulã Bator fica Estocolmo, a capital da Suécia. Com quase o mesmo volume de habitantes (cerca de 970 mil), mas com uma qualidade do ar bem melhor, a região sueca é sede do campus da Electrolux e local onde Andreas Larsson e sua equipe estavam testando o Pure A9, um purificador de ar conectado à Internet das Coisas (IoT) criado com o sistema Microsoft Azure, durante um incêndio numa garagem das proximidades. Com uma fumaça irritante no ar, o alguns desenvolvedores e executivos sentiram suas gargantas queimarem e pelo menos uma funcionária teve problemas para respirar. “Nós tínhamos 10 ou 15 purificadores de ar Pure A9 e ligamos todos”, lembra Larsson, diretor de engenharia da Electrolux. “Eles fizeram uma grande diferença na qualidade do ar. Pedimos a funcionária que viesse ao nosso escritório e trabalhasse lá. Ela respirou fundo algumas vezes. Ficou feliz e permaneceu conosco pelo resto do dia.” Lançado em 1º de março em quatro países nórdicos e na Suíça e, anteriormente, na Coreia, o Pure A9 remove partículas de poeira ultra finas, poluentes, bactérias, alérgenos e maus odores de ambientes internos. Ao vincular à nuvem (de dados) o purificador e seu aplicativo associado, a Electrolux pode mostrar aos usuários dados em tempo real sobre a qualidade do ar – interna e externa –, enquanto acompanha a melhoria do ar interno ao longo do tempo. Além disso, o aparelho monitora continuamente o uso do filtro, alertando os usuários quando é hora de solicitar um filtro de reposição. Como um aparelho conectado (IoT), o modelo tem a capacidade de aprender os padrões diários de quando os ocupantes da casa estão ausentes. “Se pudermos prever quando a casa fica vazia, nos certificamos de não desperdiçar o filtro limpando o ar que ninguém vai respirar”, diz Larsson. “Então podemos começar a purificação para que o ar esteja limpo quando você chegar em casa.” Para apresentar o novo purificador de ar aos consumidores, a Electrolux o lançou inicialmente na Coreia do Sul, onde os níveis de poluição do ar causaram o que os legisladores descrevem como um “desastre social”. No início do mês de março deste anos, o governo sul-coreano aconselhou os residentes em Seul a usarem máscaras e evitar andar na rua devido a um nível recorde de partículas de poeira no ar. Pior ainda, poluentes gerados por materiais de limpeza, cozinhas e lareiras (como o visto em Ulã Bator) podem ser ainda mais nocivos para a saúde do que o que respiramos nas ruas, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental. Após o lançamento do Pure i9 em 2017, “logo ficou claro que esse não seria um produto único”, diz Larsson. “Um plano ambicioso de criar um ecossistema de produtos de rede inteligentes começou a ganhar forma.” O executivo explica que a “jornada de bem-estar da empresa em IoT, produtos de software, dados e aplicativos” é um processo que começou há dois anos com um aspirador de pó robótico conectado à nuvem chamado Pure i9. Disponível nos EUA, Europa e Ásia, incluindo a China, o aspirador robô é um dispositivo IoT que coleta dados e transmite em nuvem. Com essa informação em mãos, o dispositivo levou a Electrolux a fazer um teste importante no na Suécia: o aspirador de pó não como produto, mas como um serviço. Os consumidores suecos podem comprar uma assinatura de US$ 8 por mês do Pure i9 e obter 80 metros quadrados de limpeza de piso, diz Larsson. “Você só paga pelo que usar. Isso não é possível a menos que ele esteja conectado à nuvem ou a menos que tenhamos os dados. Com esse tipo de produto, vemos alternativas de negócios que nunca pudemos fazer antes.” explica o executivo. Um aspirador sob demanda é apenas um dos diversos exemplos de como podemos nos aproveitar da revolução IoT. __ Gostou do texto e quer fazer parte da nossa comunidade? Envie uma sugestão de pauta, um texto autoral ou críticas sobre o conteúdo para [email protected]. Compartilhe esse artigo: