Agrosmart: Um sistema de monitoramento que pode impulsionar o agronegócio brasileiro

Agrosmart: Um sistema de monitoramento que pode impulsionar o agronegócio brasileiro

Hoje, o agronegócio é responsável por 20% do PIB brasileiro; e, se você se surpreendeu com esse número, saiba que ele pode crescer mais ainda.

Mariana Vasconcelos é mineira, vem de uma família de agricultores, e sua vivência na lavoura fez com que ela criasse uma solução que pode impulsionar a produção agrícola no país todo e até no mundo. Decisões que são tomadas por intuição, problemas causados por mudanças climáticas e a falta de recursos hídricos foram alguns dos motivos pelos quais Mariana criou a Agrosmart, uma empresa que coleta e analisa dados das plantações para que os agricultores tomem melhores decisões e consigam produzir mais.

Hoje, a Agrosmart possui clientes de todos os tamanhos, desde hortifrutis até grandes produtores, como os de grãos. A empresa nasceu em setembro de 2014, após Mariana também perceber que sua família não podia ficar muito tempo longe da lavoura, pois era preciso conferir de perto as condições climáticas e do solo para a tomada de decisões. Um trabalho pesado e sem descanso.

Por isso, o primeiro projeto da empresa foi criar um sistema de monitoramento com sensores que, ao serem instalados no cultivo, permitem que o agricultor acompanhe tudo de forma remota: condições do solo, do vento, temperatura e umidade, e ainda conta com imagens feitas por satélite.

Após a implementação do monitoramento, Mariana enxergou uma segunda oportunidade: fornecer serviços a partir dos dados coletados pelos sensores. Então, hoje, além de monitorar as plantações, a Agrosmart também recomenda decisões com base nos dados de cada uma delas.

Além da ajuda na tomada de decisões que resultam em uma produção de mais qualidade, a empresa também busca fazer com que as empresas tenham um sistema de irrigação mais inteligente; como resultado, é possível uma economia de água de até 60%, e de energia de até 30%.

“Vemos o que ocorre em cada parte da plantação e dizemos o quanto cada área precisa ser irrigada. Isso reduz o consumo de água e o consumo de energia, por rodar os sistemas de irrigação apenas quando necessário, além de aumentar a produtividade,” disse Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart, em uma entrevista para a Exame. “O agricultor entende exatamente a que horas e o quanto de água de que a planta precisa.”

E a ideia de Mariana a levou muito além. Em 2015, ela ganhou uma bolsa de estudos na Universidade Singularity,que fica no Centro de Pesquisas da NASA (Vale do Silício, Califórnia, EUA), após vencer o concurso de soluções hídricas Call to Innovation, organizado no Brasil pela Fiap. No início de 2016, a Agrosmart também foi uma das startups selecionadas para integrar a primeira turma do Google Launchpad Accelerator, um programa de aceleração que tem o objetivo de impulsionar startups de países emergentes com projetos que busquem resolver alguns dos principais problemas do mundo

Para saber mais sobre a Agrosmart, assista à matéria produzida pelo SPTV (da Rede Globo), abaixo:

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