Ela Decide: Conheça a nova campanha do UNFPA sobre direitos sexuais e reprodutivos

Ela Decide: Conheça a nova campanha do UNFPA sobre direitos sexuais e reprodutivos

Organizações do setor privado e organizações filantrópicas, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas, lançaram no dia 26 de abril, um amplo movimento em prol da saúde sexual, reprodutiva e direitos, que coloca as mulheres e adolescentes brasileiras no centro do debate – o lançamento da campanha foi transmitido em tempo real no YouTube, que você poderá conferir ao final desta publicação.

Inspirada na ação global She Decides (Ela Decide, em tradução livre), liderada pelos Países Baixos, a campanha Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro pretende mobilizar em todo o país ações de apoio e empoderamento das mulheres e adolescentes para tomar decisões autônomas sobre sua sexualidade – sobre engravidar ou não, quando e quantos filhos ter e sobre como vivenciar a maternidade.

Além disso, a campanha Ela Decide Seu Presente e Seu Futuro, por meio do envolvimento de diversos setores da sociedade, pretende ampliar e qualificar o debate público sobre o assunto e envolver cada um dos apoiadores para contribuir técnica e financeiramente com a iniciativa.

Para o representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil, Jaime Nadal, o desenvolvimento do país não é apenas uma responsabilidade do Estado, mas de vários diferentes setores, entre eles o setor privado. Por isso, o UNFPA busca parcerias amplas, como a Aliança pela Saúde e pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no Brasil.

A iniciativa busca também promover especialmente três dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: o ODS 3, que busca assegurar vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas, em todas as idades; o ODS 5, que defende a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e jovens; e o ODS 17, que indica o fortalecimento parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.

Os altos índices de gestações não planejadas, de mortes em decorrência de complicações durante a gravidez, o parto e o pós-parto (morte materna) e a elevação da incidência de infecções sexualmente transmissíveis demonstram a urgência do envolvimento de toda a sociedade para fazer frente ao problema.

Dados da pesquisa Nascer no Brasil, da Fiocruz, revelam que aproximadamente 30% das mulheres que deram à luz em hospitais selecionados disseram que não desejaram a gestação atual. No Brasil, ainda conforme a Fiocruz, a cada 100 mil bebês nascidos vivos, 143 mães morriam antes de 1990. Esse número caiu consideravelmente entre 1990 e 2015, mas, seguiu elevado e preocupante: para o mesmo número de bebês nascidos vivos, 61 mulheres vieram a óbito em 2015.

“As mulheres são centrais nesse debate porque é sobre o corpo delas que os efeitos da desinformação e da discriminação de gênero recaem de forma muito mais impactante e com consequências para toda a sociedade. Por isso, é fundamental que as mulheres brasileiras decidam seu presente e seu futuro,” afirma Jaime Nadal, representante do UNFPA no Brasil.

Para saber mais sobre o Ela Decide, acesse o site oficial da campanha e assista ao vídeo abaixo:

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